Medo

Manhã de quarta feira de cinzas. Contrariando todas as estatísticas, não choveu. A vida, ao contrário dos humanos, não é previsível.

Passeio com meu cachorro costurando avenidas, e como se dá em meus acessos de mudança de humor que saltam da rotina de um autista para a imprevisibilidade de um jovem mochileiro, experimento ruas novas.

Meu cachorro abana o rabo ao perceber um novo rumo. Uma calçada diferente, com outras árvores para farejar e rastros distintos.

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Canto

Engraçado.

Não. Não é engraçado. Curioso.

Os pais criam seus filhos para um dia eles seguirem suas próprias vidas. Serem independentes deles. Nem os pais, nem os filhos, pensam que as coisas serão diferentes. Os filhos não pensam nos pais idosos, bem velhinhos, totalmente dependentes deles. Os filhos sequer imaginam que algum dia, eventualmente, seus pais precisarão deles até para amarrar o cordão do sapato.

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Adeus,Lenin

21 de janeiro de 1.924. Morre Vladimir Ilitch Lênin, vítima de um “stálin” na perna feito por uma bombinha de São João.

Lênin foi filho de um humilde inspector de escolas. Ainda usando fraldas, Lêninho já era um entusiasta teórico do marxismo. Com 16 anos ele ainda era

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Luto

...

Durante muito tempo escrevi sobre "a casa dos três velhinhos", sendo eles meu avô, minha avó e minha tia avó.
Sempre me referi a essa casa como a casa suspensa por um fio de nylon, pois a falta de um dos três velhinhos faria tudo desmoronar.

Hoje, com muita tristeza, recebi a notícia de que o fio de nylon finalmente se rompeu. Cheguei da faculdade e minha mãe ligou para avisar que minha tia avó, de 83 anos, foi embora. Morreu cercada de estranhos, numa cama de UTI. Morreu sozinha, como acontece com quase todos nós.

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Aos intelectuais

O Brasil precisa de intelectuais. Mas não dos “falsos intelectuais”. Tal como alguns países da Europa e dos Estados Unidos, nosso país necessita com urgência de intelectuais que não vislumbrem o futuro como um imenso tapete vermelho pelo qual eles desfilarão enquanto a plebe atira rosas.

 

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Tira o olho



Já aconteceu com você. Você está no ônibus, olha para alguém e vê que a pessoa está olhando pra você.

Você desvia os olhos rapidamente, olha para outro ponto qualquer por três segundos e olha novamente para a pessoa que estava olhando pra você, pra ver se ela ainda está olhando. Ela está, e desvia o olhar do seu assim que nota que você olhou para ela.

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