Fomos conferir "Grandes Olhos"

  • “Grandes Olhos” é um filme fascinante, pois retrata a arte como sua essência: ela vem da alma e se materializa com o ego. Margareth Keane é literalmente uma grande artista e conseguiu traduzir em suas telas sentimentos através de seus grandes olhos desenhados. Esta real história proporciona a Amy Adams e a Christoph Waltz a oportunidade de exibirem o talento que são atuando nos cinemas.
  • Nos anos 50 não era comum a mulher destacar-se no campo profissional, a ela era destinado os afazeres de casa e só! Porém haviam mulheres com um diferencial, em especial Margaret Keane (Amy Adams), que pintava os olhos da alma. Recém-separada ela conhece o Bon Vivan Walter Keane (Christoph Waltz) que a encanta falando sobre o seu modo de pintar. O feitiço é tão bom que ela acaba casando-se com Walter, formando uma parceria na produção e venda de suas obras. Só que com um detalhe: Margaret produz as telas e coloca o nome de Walter como crédito. Com o tempo o seu marido mostra-se como é de verdade diante do lucro.
  • A história de Margaret é inspiradora, pois posteriormente ela vira defensoras das causas feministas, justificada pela luta que travou nos tribunais contra o marido em razão da recuperação de seu nome em suas obras. Walter Keane foi para o leito de morte jurando que que havia pintado a todas as telas que Margaret produziu.
  • Foi emocionante do começo ao fim ver retratada nas telas sua história e depois poder vê-la como está atualmente ao lado de Amy Adams que assim a representou com muita propriedade. O aspecto de agonia e liberdade é muito bem captado pela atriz que através deste papel conseguiu o prêmio de melhor atriz comédia/ musical no Globo de Ouro 2015.
  • A verdadeira Margaret pôde ser representada com perfeição por Amy e, além disso, a obra mostra o aspecto livre e consciente de quem realizou algo muito importante para as mulheres da sua geração. Como detentora de uma das obras mais bem pagas dos anos 50, Margaret pintava crianças com grandes olhos, considerados na época como assustadores.
  • Christoph Waltz é maravilhoso como sempre em cena, o teor de dissimulação em que o personagem de Waltz estava envolvido chegava a ser perverso, tanto que Walter morre sem dizer a verdade, apesar de todos saberem de sua deficiência com a arte.
  • O que chama atenção neste filme produzido e dirigido por Tim Burton são as feições e ambientes contidos na obra, tudo por não haver o exagero explícito ao qual Burton é mestre. O único recurso fora do normal são as obras de Margaret que foram usadas por ele de forma a personagem se olhar também com olhos grandes, nada mais que isso. Lembrei-me de “Edward Mãos de Tesoura” (1990) por seu figurino e cenários, e o conceituando que a hhistória é mais importante que um visual exuberante.
  • “Grandes Olhos” estreia nos cinemas brasileiros no dia 29 de janeiro. Vale a pena descobrir o que esta grande artista enxergava nos anos 50.
 
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