É tempo de parar de fumar

Quem é ou já foi fumante sabe a dificuldade que é largar o vício.  Muitas vezes, o tabagista acredita que simplesmente cortar o cigarro abruptamente é a maneira mais correta de abandonar o hábito, só que muitas vezes essa decisão radical não dura mais do que alguns dias ou semanas.

No mundo, 1/3 da população adulta é de fumantes, o que corresponde a 1,2 bilhões de pessoas tabagistas. Em território nacional, a estimativa atual é de que 14,8% dos brasileiros sejam adeptos do vício. “Cerca de 83% dos fumantes desejam parar de fumar, mas muitos acabam encontrando algum tipo de dificuldade nesta transição”, explica a médica hematologista, Dra. Jerusa Miqueloto, do Laboratório Frischmann Aisengart. “A principal orientação para quem deseja parar: procure auxílio especializado”.

Um dos motivos mais relevantes para largar o vício é o benefício de uma vida mais saudável, diz a médica. “Quem larga o cigarro já sente, em curto prazo, algumas mudanças, como o aumento da capacidade respiratória e da performance física, além de redução dos batimentos cardíacos para o nível normal”, explica. “Em médio e longo prazo, benefícios ainda maiores podem ser sentidos como a redução do risco de infecções respiratórias; doenças cardíacas; enfisema pulmonar e câncer de pulmão, entre outras complicações”, diz.

Além da saúde, o abandono do cigarro gera um conforto social maior, visto que a cada dia novas leis são implantadas para inibir o consumo no trabalho e em outros ambientes, como restaurantes e baladas. “Além do bem-estar social, existe a segurança do ex-fumante em não sentir receio de estar com um odor desagradável ao se aproximar de alguém. A autoestima cresce bastante, afinal o fumante se torna orgulhoso por sua conquista e, a partir disso, se torna mais confiante em todos os aspectos da vida”.

O desafio é grande e muitos são os que desistem no meio do caminho. “Mesmo decidindo parar de fumar, a vontade de continuar é grande. E vencer a síndrome de abstinência pode ser complicado, devido à dependência de nicotina que o corpo possui”, alerta a médica. “Entre os principais sintomas estão o estresse e a tensão, como os mais comuns, além de possível ganho de peso”.

Evitar locais e também alimentos e bebidas que remetam ao cigarro também é outra medida preventiva. “Existe uma forte relação entre bebida alcoólica ou café com a vontade de acender um cigarro”, diz Jerusa. “É aconselhável que se evite o consumo dessas e de outras bebidas ou alimentos associados ao cigarro nos primeiros dias após parar de fumar ou pelo menos diminuir o consumo dos mesmos para evitar a associação entre o cigarro e a bebida”. 

 
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