Derico Sciotti faz duas apresentações no Full Jazz Bar

A casa une shows ao vivo ao melhor da gastronomia contemporânea para receber o show Derico Jazz Quartet, nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro

 

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Derico Sciotti já é conhecido da casa e certeza de shows memoráveis (Foto:Divulgação)

 

 

Sucesso por onde passa, com seu talento e irreverência, o saxofonista Derico Sciotti é a atração dessa semana no Full Jazz Bar, em Curitiba. Ele fará duas apresentações na casa, que funciona anexo ao Hotel Slaviero Conceptual e se tornou referência na cidade por unir shows ao vivo ao melhor da gastronomia contemporânea. Para tocar os standards do jazz e blues, Derico estará acompanhado pelos músicos Fabio Hess (baixo), Mauro Martins (bateria) e Jeff Sabbag (teclados). O show intitulado Derico Jazz Quartet acontece nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, com ingressos que variam de R$ 40,00 a R$80,00.

De formação erudita, Derico ficou famoso por tocar na banda do “Programa do Jô”, como flautista e saxofonista, um trabalho que possibilitou atuar com grandes músicos como ChickCorea, George Benson, Billy Cobham, Stacey Kent, Ian Anderson, Ray Coniff, Roberto Carlos, Gilberto Gil, Lenine, entre outros. Com seu jeito bem humorado, o multi-instrumentista sempre envolve a plateia, com suas histórias e também arranjos próprios.

Gastronomia
As duas apresentações do show Derico Jazz Quartet têm início às 21h30. Antes, porém, o público poderá desfrutar já a partir das 19h de uma gastronomia singular, carta de vinhos e drinks especiais da casa, em um ambiente sofisticado e elegante.

O cardápio temático do Full Jazz Bar, assinado pelo chef de cozinha e gastrônomo Lucas Vicenzo, tem pratos inspirados na cultura de New Orleans e nas preferências gastronômicas de nomes como Frank Sinatra, Billie Holiday, Chat Baker, que construíram a história do jazz.

Opções como o Creole Shrimp, que traz camarões salteados com leve toque de pimenta caiena, acompanhados de melado de cana e chutney de coco; e Sinatra´s Balls, que traz almôndegas de carne com pasta de berinjela defumada, de salmão com geleia de mirtilo e de frango com chutney de manga, fazem parte do cardápio de aperitivos. Nas entradas, uma das sugestões da casa é o Boubon Green, uma salada de lagostins com maçã verde ao perfume de capim limão. Entre os principais, atenção para o Octopus Washboard Band, com polvo marinado e grelhado acompanhado de arroz negro cremoso de camarão com manga, e o Mignon à Chet Baker, que traz um tornedor com purê de batata baroa, quiabos grelhados com emulsão de gergelim e pó de azeite de açafrão.

Ingressos 
Os ingressos já estão à venda no Full Jazz Bar, localizado na Rua Silveira Peixoto, 1297. Para o deck saem a R$ 40,00, R$ 50,00 para o salão e R$ 80,00 nas mesas próximas ao palco. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 3312-7030. 

Serviço
Derico Jazz Quartet – Full Jazz Bar

Data: 30 de novembro e 1º de dezembro
Convites: R$ 40,00 (deck), R$ 50,00 (salão), e R$ 80,00 (próximo ao palco)
Local: Full Jazz Bar – Complexo Hotel Salviero Conceptual 
Endereço: Rua Silveira Peixoto, 1297, Batel, Curitiba (PR)
Ingressos e informações: (41) 3312-7030
https://www.facebook.com/fulljazzbar/ 
Instagram: @fulljazz.bar

Última atualização em Qui, 29 de Novembro de 2018 12:34
 

Elza Soares apresenta versão inédita de show "Deus é Mulher" com transmissão ao vivo

Nesta quarta-feira (dia 28 de novembro), a partir das 22h30, o Red Bull Music Festival [que ocorre até 2/12; veja a agenda completa aqui] apresenta um show inédito da cantora Elza Soares direto da Casa Natura. O evento está com os ingressos esgotados, mas quem não conseguiu garantir tíquetes para ver a maior diva da música nacional cantar seu disco mais recente "Deus é Mulher", poderá conferir a transmissão ao vivo do concerto via Facebook e YouTube.

 

O show terá um formato inédito com o repertório do álbum lançado em 2018. Na apresentação, a cantora contará sua percepção sobre cada faixa de seu 81º lançamento fonográfico e estará acompanhada do grupo Ilú Obá de Min, composto por mulheres percussionistas influenciadas pela cultura afro-brasileira, que fará uma participação especial.

 

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Foto: Felipe Gabriel/Red Bull Content Pool

 

SERVIÇO:

ELZA SOARES - DEUS É MULHER

Data: Quarta-feira, 28 de novembro, a partir das 22h30.

Local: Casa Natura - R. Artur de Azevedo, 2134, São Paulo (ingressos esgotados).

Transmissão ao vivo:
https://www.facebook.com/RedBull/videos/547046079034193 e

https://www.youtube.com/watch?v=cbozluHgkEo

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SOBRE O RBMSP

Em 2018, o Red Bull Music Festival São Paulo realiza sua segunda edição com uma programação de dez dias que apresenta performances ao vivo, festas e palestras. O line-up reúne vozes nacionais e internacionais que celebram o melhor na música de ontem, de hoje e do futuro. Confira o line-up completo em www.redbullmusic.com/rbmsp.

SOBRE A RED BULL MUSIC

A Red Bull Music celebra a música, sua cultura e as mentes transformadoras que estão por trás dela. Com diversos festivais, oficinas de educação musical, colaborações com artistas e outras tantas iniciativas inovadoras, o objetivo da plataforma é apoiar e disseminar artistas e grupos de música ao redor do globo.

Última atualização em Qua, 28 de Novembro de 2018 16:52
 

CPM 22 retorna a Curitiba com show inédito

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CPM 22 em Curitiba  neste sábado no Spazio Van (Foto: Divulgação)

 

Neste sábado (24), os amantes do rock têm um encontro marcado em Curitiba. Isso porque o palco do Spazio Van recebe uma das bandas mais queridas do rock nacional: CPM 22, que traz à capital sua turnê inédita "Suor e Sacrifício". As entradas estão à venda a partir de R$50, pelo Alô Ingressos. Na mesma noite, ainda se apresentam as bandas Dead Fish e Escombro.

 

 

O CPM 22 desembarca na capital paranaense trazendo na bagagem os hits que marcaram as duas décadas de estrada, como "Dias Atrás", "Um Minuto Para o Fim do Mundo", "Regina Let's Go!", "Ontem", "Tarde de Outubro", "Não Sei Viver Sem Ter Você", entre outras.  

"Suor e Sacrifício" – CPM 22

Vinte e poucos anos atrás, o Badauí me contou que iria montar uma banda. Lembro de ganhar a primeira fita demo do CPM, que na época ainda não tinha adicionado o "22" no nome. Não me recordo muito do show de inauguração do Hangar 110, antológica casa de show punk paulistana, pois tinha tomado toda a cerveja separada no camarim para o CPM 22, que abriu a noite. Mas, por outro lado, lembro perfeitamente quando lançaram o primeiro CD, totalmente independente.

Nessa época, minha antiga banda, Blind Pigs, levava os novatos do CPM 22 para abrir alguns shows. E, para nosso desespero, eles já estavam roubando a cena em algumas cidades. Ralaram muito no underground, sou testemunha disso, e graduaram com mérito para o grande público, que estava sedento de uma banda hardcore brasileira que cantasse em português.

Os caras estouraram e viraram trilha sonora da vida de muita gente. Seis discos de estúdio depois, o CPM 22 lança seu trabalho mais honesto, "Suor e Sacrifício", um álbum maduro que mostra a evolução da banda, após algumas mudanças na formação. "Combustível"(Luciano Garcia) abre o disco queimando o asfalto, arrebentando tudo pelo caminho. É CPM 22 clássico, que os fãs conhecem, música para abrir roda nos shows. "Ser mais Simples" (Phil Fargnoli), o primeiro single, agradou quem ansiosamente esperava material novo dos caras. E quem cresceu ouvindo a banda, com certeza irá se identificar com o punk rock melódico e cheio de atitude de "Linha de Frente" (Ricardo Galano / Badauí). Falando em fãs, estes ainda ganham um belo tributo na música "A Esperança não Morreu" (Ricardo Galano / Badauí / Luciano Garcia), uma das melhores do álbum. 

Me diz o seguinte, você já se imaginou gravando uma música com o vocalista de uma das bandas que mais te influenciou? Pois os caras fazem isso em "Never Going To Be The Same" (Ricardo Japinha / Trever Keith), onde o Badauí divide os vocais com ninguém menos que Trever Keith, líder da veterana banda americana Face to Face. Mas o auge do disco é, indiscutivelmente, a linda "Honrar seu Nome" (Phil Fargnoli / Badauí), dedicada ao pai do Badauí, que faleceu no ano passado. Confesso que meus olhos marejaram quando a escutei pela primeira vez.

"Suor e Sacrifício" fecha com o hino "Todos por Um" (Luciano Garcia / Badauí), que certamente será cantado em uma só voz nos shows. Parabéns, CPM 22! Provaram que continuam relevantes no cenário nacional da melhor maneira possível, com um grande disco. Vida longa!

                                                                                   Henrike Baliú (Blind Pigs),

abril de 2017.

Serviço – CPM 22 em Curitiba
Quando: 24 de novembro de 2018 (sábado)
Local: Spazio Van (Linha Verde, 15000)
Horário: a partir das 21h
Ingressos: De R$50 (meia-entrada) até R$200 (inteira), de acordo com o setor
Vendas: Alô Ingressos
Forma de pagamento: Dinheiro | Cartão de Débito | Cartão de Crédito (a vista)
Classificação: 18 anos
Realização: PlayM Produções

Última atualização em Ter, 20 de Novembro de 2018 16:23
 

Aneurisma: uma bomba relógio prestes a explodir

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Aneurisma não tem as causas comprovadas cientificamente, é silenciosa e pode ser fatal.
(Foto: Google Imagens)
 
Uma bomba relógio instalada pelo vilão, no assoalho de um carro, coloca o mocinho em risco e aumenta a tensão na sala. A cena é de um filme, mas poderia ser um caso de aneurisma da vida real. A doença, que ainda não tem as causas comprovadas cientificamente, é silenciosa, porém fatal. Segundo dados, 40% dos pacientes com aneurisma roto, ou seja, que já se rompeu, morrem antes de serem tratados, e os que não chegam à óbito, carregam alguma sequela.
 
O aneurisma é uma bolsa formada em artérias do cérebro em decorrência de uma malformação no período de desenvolvimento intrauterino. Durante a formação embrionária, alguns vasos da cabeça apresentam pontos mais enfraquecidos pela ausência da camada muscular, que dá estrutura e resistência para que tais artérias levem o sangue até o cérebro. A pulsação realizada para o transporte do sangue pressiona a camada mais fina dos vasos, formando tais bolsas onde o sangue se expande. Felizmente, graças aos avanços da medicina e do aumento da preocupação da população com a saúde, o índice de pacientes tratados com aneurismas não rotos aumentou nos últimos anos.
 
Segundo o especialista na área, o neurorradiologista intervencionista, Robertson Pacheco, o tratamento da doença antes do rompimento do aneurisma é mais assertivo, envolvendo menos riscos. Porém, a sua detecção acaba sendo um "achado". "Normalmente, o paciente está investigando um problema clínico de cefaleia, ou seja, dor de cabeça comum e, por meio de exames de imagem avançados, como angiotomografia ou angioressonância, acaba descobrindo que possui um aneurisma", revela o médico.Já quando o aneurisma se rompe, o paciente sente uma dor insuportável, que pode vir acompanhada de perda de consciência, náuseas, vômito e outros sintomas. Neste caso, o tratamento deve ser realizado com urgência.
 
Nos dois cenários a neurorradiologia é indicada como uma opção menos invasiva, oferecendo riscos menores e uma recuperação mais rápida, de até três dias de internação. Utilizando o arsenal endovascular, onde há opções de cateterismo e embolização, o aneurisma é ocluso sem a necessidade de uma grande cirurgia. "Por isso é importante que o profissional da área tenha uma formação plena e sólida com relação aos métodos de tratamento para oferecer a melhor opção em cada caso", acrescenta Robertson.
 
Por se tratar de uma doença crescente no decorrer do tempo, o risco de sangramento é cumulativo conforme a idade, havendo um pico de ruptura entre 40 e 60 anos. Isso não impede que pessoas jovens, que apresentam os fatores de risco, como hipertensão arterial e tabagismo, por exemplo, tenham um aneurisma roto antes da faixa etária de maior incidência. Ter uma rotina saudável, praticar exercícios e realizar exames regularmente podem impedir que algo mais grave aconteça.
 
Sobre o Dr. Robertson Alfredo Bodanese Pacheco

Formado em medicina pela Universidade Federal do Paraná em 1992, Robertson Alfredo Bodanese Pacheco especializou-se em Neurocirurgia no Serviço de Neurocirurgia em Curitiba (atual INC) e foi em busca de mais conhecimento na área em Paris, na França, onde cursou sua 2ª especialização, a Neurorradiologia Intervencionista, no hospital Pitié Salpêtrière, com o Prof. Alfredo Casasco. Há 18 anos nesta área, atualmente o médico está a frente do Serviço de Neurorradiologia Intervencionista do Hospital do Rocio, em Campo Largo (PR), além de atender em outros hospitais de Curitiba.

Contato:www.facebook.com/doutorrobertsonpacheco

Última atualização em Ter, 20 de Novembro de 2018 16:18
 

Novo livro da Lava Jato traz capítulo inédito sobre prisão do ex-presidente Lula

O Procurador do Ministério Público do Paraná, Rodrigo Chemim, lança o novo livro "Mãos Limpas e Lava Jato: A Corrupção se Olha no Espelho" (ed. Citadel, 320 pág., R$ 44,90), participa de um bate-papo com o público e autografa a obra.

O evento será amanhã (dia 20 de novembro), às 19h30, no Grande Auditório do Centro Universitário Curitiba/UniCuritiba [rua Chile, 1678, Rebouças, na capital paranaense]. A entrada é franca e os livros serão comercializados no local pela equipe da Livrarias Curitiba.

A obra traz um capítulo inédito com os dados mais importantes sobre a prisão do ex-presidente Lula e as evidências que levaram à sua condenação. Ao mesmo tempo, compara as operações Mãos Limpas, da Itália, e a Lava Jato, do Brasil.

Corrupção no Brasil e na Itália

Um dos grandes méritos do registro investigativo é apresentar ao público detalhes de uma das ações mais importantes na história política recente do Brasil. O autor particulariza a metodologia e as perspectivas empregadas nas investigações, tanto na italiana quanto na brasileira.

Entre documentos e processos, Chemim demonstra o desenrolar das investigações que inicialmente enfocavam um episódio isolado de corrupção, mas se tornaram gigantescas ações contra esquemas de pilhagem dos cofres públicos e pagamento de propina.

Marco da história pública, política e policial nacional, a Lava Jato muito se assemelha à operação italiana Mãos Limpas, desde o modus operandi dos corruptos das esferas pública e privada até as manobras e desculpas que usaram para se safar da justiça.

Separadas por duas décadas, as operações revelam a corrupção sistêmica que assola Itália e Brasil, onde gestores públicos e privados drenam as esperanças e ideais de toda uma nação, desviando fortunas incalculáveis para as contas de políticos e partidos de todos os matizes ideológicos.

Segundo o autor, "a corrupção em última análise é um toma-lá-dá-cá, mas diferentemente do que ocorre com o funcionário público que pratica atos de ofício vinculados à lei, como o guarda de trânsito, no caso do político a contrapartida é mais aberta e não raras vezes vinculada à sua influência política no processo decisório de um terceiro".

Ele explica que "foi justamente esse o caso do ex-presidente Lula, acusado de receber propina para se valer de seu poder discricionário na nomeação de diretores da Petrobras e influenciar nas decisões igualmente discricionárias que estes tomariam na contratação da empreiteira que corrompeu a todos. Portanto, a imputação de corrupção passiva é perfeita na denúncia e tecnicamente possível à luz da lei e da jurisprudência brasileiras. A questão agora é saber se as provas documentais, periciais e testemunhais indicadas na denúncia eram suficientes para a condenação".

Sobre o autor

Rodrigo Chemim é doutor em Direito de Estado, professor de Direito Processual Penal no Centro Universitário Curitiba e no Centro Universitário Franciscano em Curitiba. Procurador do Ministério Público do Paraná há 24 anos, atuou por mais de 15 anos na investigação de crimes do colarinho-branco.

Serviço

O que: Lançamento do novo livro "Mãos Limpas e Lava Jato: A Corrupção se Olha no Espelho", bate-papo e sessão de autógrafos com Rodrigo Chemim.

Quando: Amanhã (dia 20 de novembro), às 19h30.

Onde: Grande Auditório do Centro Universitário Curitiba/UniCuritiba [rua Chile, 1678, Rebouças, na capital paranaense].

Quanto: A entrada é franca e o os livros serão comercializados no local pela equipe da Livrarias Curitiba.

 

Onde estão as bailarinas negras?

São Paulo, novembro de 2018 - Imagine uma bailarina. Sapatilha, tutu (como chamamos a saia em tule, própria para o ballet), faixa na cabeça, saltos e movimentos suaves. Agora responda para você mesmo(a): essa bailarina é negra? Provavelmente não.

Mas calma, isso não significa, necessariamente, que você tem algum tipo de preconceito, apenas que não está habituado(a) a ver dançarinas de ballet negras. E, para falar a verdade, elas são minoria no mundo da dança. Isso porque o ballet clássico, especificamente, ainda é uma atividade elitizada e pouco popular.

Para Amanda Lima, bailarina e professora de dança, existem poucos, mas expressivos nomes de bailarinas negras no cenário atual da dança. “Michaela DePrince, Ingrid Silva, Misty Copeland são verdadeiros ícones que alcançaram um espaço importante quando se trata de representatividade na mídia. Embora sejam bailarinas e personalidades notáveis, infelizmente ainda fazem parte de um pequeno grupo. É aí que percebemos o quanto estamos atrás das bailarinas brancas. Os lugares que estamos ocupando agora, em 2018, as bailarinas brancas já ocupam há séculos”, explica a profissional, que é uma das principais representantes de uma das coleções da marca Evidence Ballet.

Perguntada sobre as razões dessa discrepância na dança, a bailarina se volta ao cenário nacional e analisa o papel do negro na sociedade e também na modalidade. “Por mais que algumas pessoas queiram desmerecer a nossa fala e dizer que é vitimismo, sabemos que a população negra está em desvantagem econômica e social em relação a população branca. E isso reflete nas oportunidades de se frequentar aulas de ballet, por exemplo. A maioria das meninas negras que inicia o estudo da dança na infância depende de projetos sociais ou bolsas de estudo”.

Quando falamos sobre a trajetória de uma bailarina negra, Amanda explica que muitas crianças não se reconhecem nesse meio. “Tanto os colegas, quanto os professores, os quadros nas paredes, os vídeos na internet e os temas dos festivais (Cinderela, Lago dos Cisnes, O Quebra-Nozes etc.) são brancos. Então, é difícil se reconhecer nesse espaço. É um meio que está o tempo todo tentando te expulsar, mesmo de forma velada”, esclarece. Mesmo as bailarinas negras que resistem, o caminho para seguir carreira profissional é igualmente difícil, segundo ela. “É comum a gente se perguntar: ‘onde eu vou trabalhar?’. Porque talento, esforço e dedicação, nem sempre são o suficiente. Por mais que não seja algo dito pelas companhias, sabemos que muitas ainda não aceitam bailarinas negras”.

Em julho deste ano, Amanda Lima foi a face e o corpo da coleção Minimal, da marca Evidence Ballet. Ao analisar a campanha, a bailarina diz o quanto se sentiu privilegiada por ter sido instrumento de uma classe tão carente de representantes. “Não é só sobre uma menina que faz ballet e é negra conseguir se enxergar, mas é também sobre provar para todas as pessoas que a gente existe e resiste. Porque não é só um existir, mas principalmente resistir. Então fico muito feliz de ter feito parte disso de alguma forma”. Amanda mostra a importância da desconstrução da imagem da bailarina. “É uma imagem de que a bailarina só é bailarina se tem a pele clara. Aquela coisa no imaginário do tutu e sapatilha rosa. Precisamos desconstruir mesmo e desmistificar essa ideia que foi construída há muito tempo e mostrar que não existe só um tipo de bailarina.”

Rose Prock, diretora executiva da Evidence Ballet, conta que há muito tempo tinha o desejo de ver sua marca representada por uma bailarina negra, mas que teve dificuldade em encontrá-las. “Buscamos indicações, fomos a eventos e procuramos até nas redes sociais. É muito triste ver que o ballet ainda não é acessível a todos e todas. Nossa iniciativa foi, principalmente, com o objetivo de aumentar a representatividade de bailarinas negras nesse meio e encorajá-las nessa arte”, finaliza a empresária.

 

 

SOBRE A EVIDENCE BALLET

A Evidence Ballet é uma das principais marcas de roupas e acessórios no mercado de dança. A empresa iniciou suas atividades no setor têxtil em 2009, com uma confecção em Campanha, Minas Gerais. Especializada em roupas para o mercado de ballet, expandiu seu portfólio para a moda dança e casual. Com alto padrão de qualidade dentro do processo de produção e entrega rápida, a Evidence conta com um time de colaboradores comprometidos para garantir qualidade dos produtos e elevar a eficiência operacional. Hoje, conta com uma equipe de mais de 90 funcionários diretos e indiretos, além de uma rede sólida de representantes comerciais para atender todo o território nacional.

 


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