Mais de 40 e em paz com o corpo

A sensação de olhar para uma foto antiga e ter saudades da “cinturinha” que os anos levaram embora é comum até mesmo para aquelas mulheres que esbanjam beleza atemporal.

Mas para driblar a nostalgia – que em casos extremos pode levar à dietas severas e até o desenvolvimento de transtornos alimentares – o segredo das musas Helô Pinheiro, hoje com 67 anos e Thereza Collor, 46 é olhar no espelho e acreditar que o tempo corre, sim, a favor.

“A experiência me mostrou que não adianta olhar as medidas de forma isolada”, orienta Helô. “Não é desejar a cintura de 60 centímetros ou 90 centímetros de quadril. É preciso olhar o conjunto todo, buscar harmonia e coerência com a idade, caso contrário fica artificial e feio de qualquer jeito.”

Thereza diz que “a idade não ajuda” e por isso o encontro dela com o pilates ajudou a musa a continuar tirando proveito de uma juventude longe do cigarro, da bebida e da poluição.

“Hoje acredito que a pressão da sociedade é muito alta por causa do corpo e da estética, mas já existe a consciência de uma vida mais saudável e natural. Ter a cabeça cheia de projetos e ideias ajuda muito, para que não prevaleça a futilidade”, acredita.

 

Helô diz que não abre mão do arroz com feijão e carne. A musa, entretanto, controla a boca “já que os medicamentos que precisam ser tomados também atrapalham a boa forma”. “Quando eu fazia o Zorra Total (programa humorístico da TV Globo) estava tomando remédio cortisona, que incha bastante. De uma forma bem sutil, sugeriram que eu precisava emagrecer para continuar no vídeo. Foi a única vez que me senti pressionada”, conta Helô. “Mas a saúde também inspirou para que eu fizesse exercício. Hoje faço aula de dança. É o que me dá vitalidade para subir e descer escada.”

O segredo delas é colocar em prática o que não é segredo para ninguém. É aceitar a beleza real, fazer exercícios com regularidade e ter uma alimentação saudável, mas as pesquisas confirmam cientificamente que este bê-a-bá realmente dá certo

A ciência

Uma pesquisa publicada em março no Jama, periódico da Associação Americana de Medicina, mostrou que não basta fazer o exercício para manter o peso. É preciso, no mínino, uma hora de caminhada, ginástica, dança ou luta para a atividade surtir efeito.

Durante 15 anos, os pesquisadores acompanharam 34 mil mulheres, com idade média de 54. Eles identificaram que as que mantiveram o peso saudável – mesmo sem fazer nenhum tipo de restrição alimentar – foram as participantes do estudo que fizeram atividades físicas por, ao menos, uma hora diária. Antes deste estudo, a recomendação mínima de exercícios era de 30 minutos diários.

 
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