"Mãe" Por Ana Claudia Justino

E de repente ela nasceu. Foi como uma flor depois de uma chuva torrencial. Sinal de que depois de uma tormenta surgiu algo que revela a esperança e encoraja a vida continuar. E culpa dela a pluralidade dos sentidos, podemos confundi-la com explosão, a sua intensidade proporciona a quem está por perto uma sensação incrível de proteção.

Tem um momento na vida de todo mundo em que a achamos imbatível. Eu até cheguei a chamá-la de rocha. Na verdade ainda chamo. Ela parece tão forte. Capaz! Ela é forte! E tem um cheirinho tão bom... a sua não tem?

Com o tempo ela foi mudando... trocou as suas roupas, foi falando mais em casa, foi trabalhando mais – não que ela não trabalhe em casa, mas agora ela também trabalha fora. Está ganhando um pouquinho mais, anda empoderada, sabe? Sempre me dizia como deveria agir agora ela também age e mostra na prática como fazer. É bom demais vê-la assim.

Ela mudou.

Conheci outras como ela por aí. Tem gente que amava dormir, depois que virou uma delas hoje em dia nem sabe mais o que é . E pensa que essa aí está pensando em como vai repor o sono? Que nada! Ta é feliz que pode passar por esse tempo acordada junto da nova Vida. É um amor absurdo que só quem virou uma delas é que pode traduzir, mesmo assim será com lágrimas ou leves balanços com a cabeça sinalizando que é amor. Ponto. É assim!

Se todos os amores fossem como os delas... “Se todos fossem no mundo iguais a você.”. Lembrou dessa música?

Aff! Não quero deixar de ser filha. É impossível deixar o sentimento sair, mas existem tarefas que o tempo, implacável que só, não deixa passar. Por isso no presente momento quero aproveitar cada colo, cada riso, cada puxão de orelha e nome completo (como no RG), cada “Vem jantar!”, “Vem almoçar!”, “Ai ai ai...” com alegria. O melhor de ter uma mãe é a existência de um Ser iluminado capaz de fazer tudo, absolutamente TUDO por você.

 
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