Demétrio Guimarães o autor do Livro Rudamon o Herói do mundo!

No início dos tempos, um semideus, metade homem, metade escorpião, foi criado pelos deuses elementais para preparar a vinda da humanidade ao planeta Terra. O nome dele era Disebek.

 

A criatura traiu o compromisso que assumiu com as forças do bem, aliando-se às trevas.

A corte dos deuses puniu Disebek, aprisionando-o num gigantesco cubo de ouro,sob as areias do deserto egípcio.

A partir daí, começa um mistério...Numa época em que parte da humanidade está corrompida pelas forças do mal, e o mundo está ameaçado, Rá, o deus supremo, envia o seu eleito para salvar a humanidade Rudamon.

O malvado deus Seth, que se aliou com a terrível serpente Apóphis, libertou o monstro do cubo e as cinco múmias dos criminosos mais perigosos do Antigo Egito, que jamais foi conhecido pela história. Rudamon terá que enfrentar a maldade humana e a sobrenatural. Deuses mitológicos conhecidos e desconhecidos; criminosos perigosos; super-vilões humanos e sobrenaturais; aliados e amigos, fazem parte da história deste novo super-herói cuja trama é cheia de mistérios, ação, aventura, romance e suspense.

 

Entrevistando Cultura: O Livro é supostamente protagonizado pelo Rudamon. Um dos pontos que me chamou a atenção foi o seu “protagonismo discreto”, se é que podemos chamar assim, pois mesmo estando em grande parte dos acontecimentos, Rudamon é algumas vezes até secundário. Eu pergunto, era esta a sua intenção, um protagonista mais discreto ou foi talvez uma impressão equivocada?

Demétrio Guimarães: Quando eu escrevi o livro, minha intenção foi criar um super-herói inédito. No decorrer da história, eu preferi dar mais ênfase ao personagem Osorkon. A idéia desse trabalho foi contar a origem do personagem principal, no caso, Rudamon. Osorkon é a identidade secreta do super-herói.

Devido às circunstâncias que acontecem na trama, achei mais oportuno dar um maior destaque ao cientista. A atuação de Rudamon na história foi bem rápida e dinâmica. Eu criei muitas cenas de ação e várias situações com a finalidade de mostrar ao leitor como que o super-herói Rudamon pode utilizar os diversos poderes que recebeu.

Entrevistando Cultura: Como você justifica o título O Livro de Rudamon?

Demétrio Guimarães: A escolha do nome foi algo bem interessante. Depois que eu defini que os poderes de Rudamon seriam originados no Egito, eu pesquisei uma longa lista de nomes egípcios masculinos para batizar o herói. Quando eu li o nome “Rudamon”, achei que sua sonoridade daria um forte impacto e seria propício ao personagem. Eu escrevi a história sem me preocupar com o significado. Depois que eu terminei, fui pesquisar e descobri que a palavra significa “Servidor de Deus na Terra; Servidor do invisível”. Isso foi uma feliz coincidência, pois é exatamente isso que o herói faz. Em relação ao subtítulo “O Novo Herói”, minha intenção foi chamar a atenção das pessoas sobre um novo super-herói que estava surgindo. Eu confesso que eu me arrependi do subtítulo. Eu deveria ter deixado apenas “Rudamon”.

Entrevistando Cultura: Fantasia não tem idade. Quer um livro mais singelo do que O Pequeno Príncipe? Uma criança lê e se diverte, um adulto lê e se emociona, um bom observador lê e entende muitas mensagens. Ou seja, ao lermos qualquer um destes livros citado acima agente faz uma viagem. E Rudamon o que o leitor espera nele?

Demétrio Guimarães: Achei muito oportuno você mencionar “O Pequeno Príncipe”. Eu acredito que o meu trabalho tenha algumas coisas em comum com a obra que você citou. Em primeiro lugar, eu escrevi a história utilizando uma linguagem bem simples. Essa simplicidade acabou rendendo algumas críticas dos leitores mais exigentes. Em segundo lugar, minha história também consegue divertir um publico mais infanto-juvenil, além de transmitir várias mensagens a um bom observador. Quem ler a história com bastante atenção irá perceber que eu exploro muitos problemas da sociedade contemporânea. Quando Rudamon consegue resolver esses problemas, eu levo o leitor a refletir que muitas desgraças que acontecem interessam às minorias privilegiadas. Essas minorias ficam aborrecidas com as ações do herói. Um bom exemplo disso é a indústria farmacêutica. Rudamon tem o poder de curar. Ele consegue erradicar todas as doenças do planeta, e isso incomoda muitos empresários do ramo. Aí fica a pergunta: Será que muitas doenças ainda não foram erradicadas por causa de interesses mesquinhos? O ser humano tem uma capacidade muito grande para resolver problemas. Para exemplificar isso, podemos citar o recente caso da gripe suína. A doença se espalhou e matou milhares de pessoas. Por se tratar de uma epidemia, logo descobriram a vacina. Será que os cientistas não teriam condições de fazer isso com todas as doenças? Doenças crônicas levam os pacientes a consumirem remédios até o fim da vida. Talvez não seja interessante erradicá-las. Isso pode até parecer teoria da conspiração, mas não deixa de ser interessante fazermos uma reflexão. Por causa dessas e outras reflexões que procurei transmitir aos leitores, eu acredito que meu livro também seja interessante aos adultos.

Entrevistando Cultura: A figura do narrador dentro da história é bastante marcante. Ele inclusive interage com o leitor, refletindo e analisando os atos de personagens, como no caso do gigante Collgân que é tão servil que se o bem lhe mandar faz o bem e se o mal lhe mandar faz o mal. O uso de um narrador desta forma é, de certa forma, um temor seu que o leitor possa perder algum elemento da história ou mesmo não entender alguma descrição?

Demétrio Guimarães: Eu confesso que explorei muito pouco o narrador. Eu “inventei” um novo estilo de escrever, tentando transmitir ao leitor a sensação de estar lendo uma HQ ou assistindo um filme. Na época eu pensei que essa “nova forma de linguagem literária” seria interessante. Eu quis passar a idéia de ação. Por causa disso, eu acreditei que um narrador entre os acontecimentos poderia ter estragado o que eu tentei transmitir. Além do mais, essa adaptação teve que ser feita por causa do número de páginas. Eu quis publicar o livro como autor independente, e na época, eu só tinha condições de fazer um trabalho com 144 páginas. Isso aconteceu por causa de um grave defeito que eu tenho desde menino: pressa e ansiedade. Eu tive a inspiração de escrever e corri muito para ver o meu trabalho publicado. Depois que eu fiquei sabendo que editoras grandes demoravam muito para analisar novos livros, optei por uma editora para autores independentes. Foi uma experiência muito positiva. Felizmente, meu livro recebeu mais elogios do que críticas. No entanto, estou reescrevendo a história e pretendo publicá-la num único livro que será uma trilogia. Desta vez vou explorar mais o narrador e usarei uma linguagem literária que possa agradar os leitores mais críticos.

Entrevistando Cultura: A Fantasia sempre carece de um fundo de realidade, o livro Rudamon você se preocupou com estes detalhes? Cite um exemplo:

Demétrio Guimarães: Sim. No caso, a única fantasia da história é o super-herói. Na trama eu procurei trabalhar a dura realidade que existe no planeta (e também em nosso país). Explorei temas como drogas, pedofilia, tráfico de mulheres, corrupção, etc. Em relação Escola Secreta de Mistérios, embora eu tenha trabalhado o tema de forma fantasiosa, eu procurei deixar algo de real no ar. Essa escola “OSWH” ajuda a humanidade e ninguém sabe o que acontece dentro dela. Um grande exemplo disso é a maçonaria. Eles ajudam várias instituições filantrópicas, mas ninguém sabe como funcionam seus rituais.

 

Entrevistando Cultura: A descrição, especialmente em histórias de fantasia, assim como o lirismo, são fundamentais e é onde alguns autores acabam pecando. Existem duas correntes dos leitores, alguns que adoram a descrição, pois é um mundo novo e isso ajuda a entrar na história e outros que acham que descrição demasiada acaba pesando demais a leitura. Em sua opinião. Qual é o limite ideal entre escrita bela e peso na leitura e como chegar nele?

Demétrio Guimarães: Eu acredito que nada deve ser feito com exagero. A descrição pode ser feita de modo simples e ao mesmo tempo envolvente. Estou tentando fazer isso no meu novo trabalho.

Entrevistando Cultura: A capa de um livro é algo essencial, especialmente em histórias de fantasia que têm um caráter bastante visual. A capa também é o primeiro impacto visual que o possível leitor tem da história, ela pode encantá-lo ou mesmo afastá-lo da história. Eu pergunto, sem entrar em mérito de que esta é ou não a capa ideal, mas como você justifica a escolha da capa do Livro de Rudamon, qual era o objetivo na hora de ressaltar a imagem de um semideus, metade homem, metade escorpião?

Demétrio Guimarães: Minha intenção inicial foi apresentar o super-herói através da literatura e posteriormente lançá-lo em HQs. Por causa disso, a editora contratou um desenhista que tivesse condições de transmitir essa idéia. A capa recebeu muitos elogios e muitas críticas. Eu fiquei muito impressionado com o impacto do meu trabalho. Ele dividiu opiniões e causou algumas polêmicas (inclusive relacionadas à capa). Em relação ao semideus, ele foi a origem dos poderes de Rudamon, além de ser o super-vilão mais poderoso que o herói enfrentou na história. Podemos dizer que esse semideus (Disebek), é o arquiinimigo do Rudamon.

 

Entrevistando Cultura: Em sua opinião, o que é inovar dentro do universo de fantasia, há espaço para isso ou o gênero é realmente restrito?

Demétrio Guimarães: Sem dúvida nenhuma há muito espaço para isso. Eu diria até que esse espaço é infinito. O gênero fantasia permite criar novos mundos e novos seres. Eu acredito que as criações humanas, nesse sentido, sejam ilimitadas. No entanto, inovar requer uma grande criatividade.

 

 

 

Entrevistando Cultura:

O LIVRO DE RUDAMON em palavras:

 

Rudamon em uma palavra... Esperança

 

Disebek em uma palavra... Fraqueza

 

Seth em uma palavra.... Ego

 

Apóphis em uma palavra... Mal

 

Rá em uma palavra... Consciência

Entrevistando Cultura: O que podemos ou devemos esperar do Livro de Rudamon – Volume II e da trilogia como um todo?

R: Um trabalho melhor. Estou escrevendo com muita calma. São três livros que também pretendo publicar num volume único. Estou reescrevendo a história do livro que foi publicado, a fim de corrigir alguns erros que foram criticados. A princípio eu pretendia publicar a trilogia em abril de 2012. No entanto, eu prefiro não falar mais em datas. Estou sem pressa e prefiro entregar um trabalho de melhor qualidade (nem que eu leve dez anos para terminá-lo). Em relação à trilogia, trabalharei da seguinte forma:

Livro I: Contará a história completa do primeiro Rudamon, protagonizada pelo escravo egípcio Jarha;

Livro II: A História de Osorkon (o segundo Rudamon) será reescrita. Vou trabalhar mais com o narrador, retirar trechos que ficaram um pouco repetitivos e detalhar mais as cenas.

Livro III: O protagonista será Hor (filho de Osorkon). Ao contrário de seu pai que passou por várias situações para adquirir seus poderes, Hor já nascerá com poderes e enfrentará o ressurgimento do mal após vários anos de paz.



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