Acontece confere "O Espelho"

 

  • Quem é fã de paranormalidade vai amar o filme “O Espelho” do diretor Mike Flanagan, com estreia no dia 3 julho nos cinemas. Uma morte a ser desvendada e um roteiro clichê com histórias macabras irão vir à tona e o espectador não vai mais olhar para o espelho do mesmo jeito.
  • Até que o apresentei dignamente visto que seu tema é tão interessante, porém a história em si não passa de mais um clichê de terror mal explorado. Kaylie Russel (Karen Gillan) e Tim Russel (Brenton Thwaites) retornam a casa após 11 anos da morte de seus pais assassinados em meio a requintados fenômenos paranormais. Os dois tem uma promessa: provar quem de fato é o responsável pela sangrenta história. O instrumento é um espelho, ele é quem dará ou não a resposta.
  • Deuses! Cadê os filmes em que assistíamos com medo na sala escura? Que até o toque do telefone era motivo para dar uma puladinha no sofá? A todo o momento vinha à mente o filme “Atividade Paranormal” (2009) do diretor Olen Peli. Bah! Que preguiça mental de aproveitar um material tão interessante e desperdiçá-lo em uma trama tão parada, sem emoção e pior com um desfecho tão brega e medroso.  Obviamente que tinha de acabar com a promessa de uma sequência – provavelmente pensando mercadologicamente como fizeram as sequências de “Atividade Paranormal”.
  • Em seu início tinha um “q” de “A Chave Mestra” (2005) cheirando no ar em meio a revelações do passado e envolvimento transmitido pelo roteiro, que também é do diretor Mike Flanagan, em intercalar presente e passado em uma cena contribuindo para que os atores Karen Gillan e Brenton Thwaites explorassem muito bem a interpretação. Destaco aqui a interpretação da personagem Kaylie, tanto Karen quanto Annalise Basso, que interpretou Kaylie criança apresentam um show de interpretação, Karen tem um estereótipo marcante de mocinha em filme de terror, lhe caiu muito bem o papel. Ao contrário de Brenton Thwaites que como o seu personagem, Tim, permaneceu medroso do início ao fim sem dar ao seu personagem o vigor que merecia. Logo o seu tom intrigante foi devagar indo embora enquanto as cenas se avançavam.
  • Os fantasmas usados são de tirar qualquer um do sério. Seus olhos eram como o dos gatos que brilham no escuro, a maquiagem e figurino era de dia de halloween e as vozes, bom deixa pra lá... Por isso é outro longa fajuto de terror que se iguala ao filme “Paranormal” pela busca e vontade de documentar a aparição de algo sobrenatural, que nem ao menos explica ou deixa alguma pista do que realmente o espelho representa.
  • O roteiro, a meu ver, parece que fora modificado, pois não é possível que um terror tenha sido construído com tanto empenho para estragá-lo no final. Não me condenem por falar que o final é ruim! O meio do filme é muito bom, tá?! Houve uma simetria das cenas que caiu muito bem ao tom do filme dando como resultado uma apreensão do espectador no que acontecera em cena.
  • Porém, ressalto aos que gostam do assunto paranormalidade que este é um terror bonzinho para assistir nesta quinta nos cinemas. Já aos que prezam por uma boa história com uma sequência lógica e com as devidas explicações de todos os atos dos personagens, aconselho a ir de mente aberta para curtir os “efeitos especiais”.
  • “O Espelho” não é de nada, mas vai lá ao cinema e da uma olhadinha.
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Última atualização em Qui, 03 de Julho de 2014 10:00  
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