- “Amor Fora da Lei” chega aos cinemas no dia 10 de julho e tem como objetivo alavancar o nome do diretor David Lowery, que em quase quinze anos de experiência entrega o seu terceiro longa acompanhado de um elenco que chama um pouco da atenção do público, nele está: Casey Affleck, sim irmão de Ben Affleck, Rooney Mara e Ben Foster.
- Nem tão ruim, mas não chega a ser bom, o longa oferece uma fotografia impecável com nuances de iluminação de acordo como drama da cena, seguindo tons amarelados e cinzas, completos com uma trilha melancólica que caiu bem ao filme. Porém, a falta de aprofundamento nas histórias de cada personagem decaiu na qualidade do roteiro, tornando-o monótono e em muitas vezes sem sentido.
- Ruth (Rooney Mara)e Bob (Casey Affleck) cresceram juntos desde a infância, na vida adulta assumiram um relacionamento amoroso e praticando roubos para ganhar a vida os dois acabam encurralados pela polícia em uma fuga. Que acaba por terminar em um tiroteio, tirando a vida de um de seus comparsas. Para proteger sua mulher, Bob assume a todos os crimes e em troca Ruth promete a ele que irá esperara-lo o tempo que for preciso para que possam se encontrar e formar uma família novamente.
- O drama relata a fuga de um condenando pela lei em busca de sua promessa de ir ao encontro da esposa e da filha que nascera logo após a prisão de Bob. Antes mesmo de Bob seguir seu caminho em direção a Ruth ele a envolve de cartas que reforçam o seu amor e a vontade de voltar para estar ao lado dela. Ruth por sua vez demonstra-se amadurecer ao longo da história e a presença da filha a faz enxergar a vida com uma perspectiva diferente, ao qual Rooney Mara interpreta muito bem.
- O filme tem um alívio em sua interpretação, Ben Foster atuou muito bem, pena que sozinho em várias cenas. O seu personagem, Patrick, é uma espécie de protetor de Ruth juntamente com Skeritt (Keith Carradine), um comerciante que fora cuidador de Bob e Ruth na infância. Foster faz um personagem que tenta uma conquista mesmo em meio a tanta segurança da protagonista. Talvez ela não tenha entendido as investidas devido aos recortes do roteiro com arestas sem resposta.
- A história não tem nada demais a não ser um amor mantido por meio de cartas, que poderia muito bem ter sido mais ousado e explorado, principalmente em aprofundar os seus personagens. Ah, e uma última verificada em erros ridículos de continuidade também seria bem interessante.
