Acontece confere "Lucy"

  • “Lucy” é extraordinário! Há muito tempo que não assistia a um filme com tanta propriedade sobre o conhecimento como este. A trama envolve aquilo que o homem anseia em saber e ter desde o seu início de vida até ao que julga ser o fim em sua existência na terra. Afinal, o que nós somos? Do que somos capazes?
  • A mais certa denominação do que nos permeia é o tempo, ele é a resposta de tudo. Dependemos inexoravelmente dele e sem ele não somos nada. Esta é a relação ao qual “Lucy”, de Luc Besson, nos traz para confrontar do que seríamos capazes se por acaso tivéssemos a habilidade de controlar 100% do cérebro.

 


 

  • Uma jovem garota, chamada Lucy (Scarlett Johansson) é enganada por seu affair, Richard (Pilou Asbaek), envolvendo-a em uma cilada com o chefe da máfia chinesa, Mr. Jang (Min-sik Choi). Ela e outros três “laranjas” são obrigados a colocar um saco de droga no estômago, chamado de C.H.P.4, para levar a determinados lugares do mundo. A entrega não chega a ser feita, Lucy, acaba que sendo tomada pela substância em seu corpo e agora é capaz de ter conhecimento suficiente para controlar o mundo, quem sabe o universo.
  • Quando Morgan Freeman está no elenco de um filme é possível pensar quão inteligente o mesmo será, visto que o ator sempre tem o dom de interpretar personagens aos quais são a sua missão esclarecer ao espectador do que se trata a história. Não por menos, Freeman, responde e esclarece de maneira sublime em sintonia com a personagem de Scarlett Johansson (Lucy).
  • Esta sintonia é clara do começo ao fim da trama. O roteiro de Luc Besson pôde reiterar ao espectador um estudo que muitos filósofos das mais variadas linhas já propunham há séculos atrás. Besson conseguiu com brilhantismo responder a perguntas sobre a existência humana e ainda a façanha de deixar duas certezas: o ser vivo é em sua forma reduzida o universo, assim como o universo é de forma ampla o ser vivo. Somos parte de um e de um todo ao mesmo tempo. Por isso, o tempo, como matéria (sim, o tempo como matéria), é o protagonista deste universo.
  • O roteiro é tão bem escrito que deixa somente em evidência a história. A atuação de Johanson é impecável, Freeman não precisa nem ser citado, pois, seria redundância de minha parte.  Sem dúvida alguma “Lucy” é um dos melhores filmes deste ano. Já estava contente com o filme de Wally Pfister, “Transcendence - A Revolução” (2014), que nos presenteou com a mesma lógica, porém usando de recursos tecnológicos para exemplificar a mente humana.
  • “Lucy” vai além e demonstra por meio do próprio intelecto humano do que o ser vivo é capaz, e ao final nos mostra aquilo que nós inerentemente já sabemos: Tudo que está ao nosso redor, não como àquilo que é palpável, mas sim relacionado tal como o vento, a eletricidade, a emoção vive e está em perfeita linearidade em todo lugar como essência. “Nunca morremos”, diz Lucy.
  • O longa tem estreia no próximo dia 28 de agosto nos cinemas e não esqueçam de ir assistir acompanhados de um grupo de amigos interessados a discutir sobre o que a vida como um todo significa para o ser humano. Assim como o personagem Professor Norman (Morgan Freeman) diz: “O homem se preocupa mais no ter do que no ser”. Bom cinema para você!
Última atualização em Qua, 27 de Agosto de 2014 14:07  
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