Django (2012), 7º filme do diretor Quentin Tarantino, é um filme de...
Bom, como definir os filmes de um diretor como o Tarantino?
Ok, muito resumidamente, pode-se dizer que o filme é de faroeste. Mas os filmes do Tarantino, antes de se encaixarem em qualquer gênero, são antes de tudo, “filmes do Tarantino”. A marca do diretor está lá, visível, sem o risco de que seu fiel público sofra de decepção. Os ingredientes tarantinescos de praxe: drama, humor negro, muito sangue (propositalmente em exagero), diálogos deliciosos e músicas que só se encaixam nas cenas porque...Bom, porque é um filme do Tarantino. Ele pode.
O título do filme faz referência ao filme italiano Django de 1966, estrelado por Franco Nero. Tarantino, desde a época em que era o desconhecido atendente de uma locadora, já era apaixonado por filmes de faroeste. O bom e prestigiado espaghetti italiano.
O elenco de Django dispensa apresentações: Jamie Foxx, Leonardo DiCaprio, Christoph Waltz e Samuel L. Jackson. Todos impecáveis. Foxx, perfeito para o papel de Django; DiCaprio, cada vez mais provando seu potencial como ator; Waltz com uma interpretação saborosa (ele rouba a cena, não tem jeito); e o experiente L. Jackson no papel de um escravo (mordomo) que vive dentro da casa grande e odeia Django assim que põe os olhos nele. Impagável.
Django, no fundo, é uma belíssima homenagem ao espaghetti italiano - só que a moda do Tarantino. Ele sabe como ninguém jogar na mesma panela ingredientes que aparentemente não tem nada a ver um com o outro, e o resultado é sempre um prato saborosamente peculiar. Prato não, filme. Espaguete. Espaghetti. Feito por um cozinheiro que não poderia ser outro senão Tarantino.
Equipe Acontece Curitiba