Conferimos "A grande vitória"

  • “A Grande Vitória” estreia no dia oito de maio nos cinemas e já vou adiantando que vai ser uma grande derrota para quem gastar os seus reais para assistir a esse filme. Uma história fraca que merecia ser contada somente em família, porque em família se aguenta tudo. O cinema brasileiro bate mais uma vez na trave, e esse nem foi na trave foi pra fora mesmo.
  • A grande sacada dos filmes brasileiros ultimamente tem sido dizer que quando um filme é drama parece uma comédia e quando é comédia... Bom, é tudo menos comédia. “A Grande Vitória” é baseada em uma história real que gira em torno de Max Trombini (Caio Castro), um menino que foi criado pelos avós e pela mãe. Para conter a impulsividade do filho Tereza (Suzana Pires) matricula Max em aulas de judô, lá ele descobre uma filosofia de vida que o transforma em um “grande” homem. O filme conta com direção de Stefano Capuzzi Lapietra e atuação de Caio Castro, Sabrina Sato, Suzana Pires, Moacyr Franco, Tato Gabus Mendes, Rosi Campos, Felipe Folgosi e o lutador de jiu-jitsu e judô Max Trombini.
  • A filosofia esteve presente neste filme, aliás, eu acho que o ator Tato Gabus Mendes nunca disse tantos provérbios, analogias orientais e ditados brasileiros em toda a sua carreira de ator. Quase que o filme torna-se uma obra de autoajuda. Em todas as cenas em que Tato apareceu estava como um tipo de mestre dos magos, sempre com uma frase de efeito e com a resposta do problema na ponta da língua. E por falar em atores a escolha do casting foi hilário, assim como o nome de um dos roteiristas, Walter Hilário, quando a Sabrina Sato abriu a boca descobri que o filme era uma comédia e não um drama.
  • Caio Castro provou ser só um rosto bonitinho, porque atuando ficou na média. A leitura faz falta na carreira de um ator! Salvo pelas atuações de Rosi Campos e Moacir Franco que me fez lembrar o humor novamente neste “drama”. E as referências além da história real do filme foram com certeza a do clássico Daniel Sam. Só que a nossa versão é tabajara e o protagonista nem ganha no final.
  • De tudo o que eu mais gostei foi a oportunidade que deram ao Ratinho de mostrar a sua veia artística, interpretando o personagem Carlão. Bah! Quando o vi soltei uma gargalhada, e ficou bem legal a cena dele. Falou tudo direitinho. O personagem de Domingos Montagner, Cesar Trombini, um dono de circo, ficou muito a desejar. No começo parecia que o personagem ia se envolver na história, depois simplesmente sumiu, era melhor nem ter aparecido, porque não fez diferença nenhuma no filme. E o desaparecimento no filme não foi só dele, a mãe de Max, interpretada por Suzana Pires, lá pelas tantas do filme simplesmente não apareceu mais e nem disseram o que aconteceu com ela.
  • Acho que a ideia inicial era mostrar o que uma escolha pode fazer com o destino da nossa vida, além de ter a chance de mostrar ao país um exemplo de homem e pai de família, mas o que se viu foram escolhas mal feitas que estragaram uma história que era para ser dividida apenas em família, pois nela não tem nada de novo, nada em que mais de 50% de brasileiros não tenham passado ou acompanhado por aí. E olha que pelos judocas o Max Trombini da vida real é conhecido como um dos maiores especialistas e estrategistas em luta de solo. O filme fica devendo uma vitória ao espectador, porque vamos combinar, é muita falta de consideração liberar um filme deste naipe!

 

Equipe Acontece Curitiba

Última atualização em Ter, 06 de Maio de 2014 17:11  
Copyright © 2011 Acontece Curitiba. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por LinkWell.