- Uma grande produção estreia em outubro nos cinemas, “Drácula – A História Nunca Contada” narra a história do vampiro nos tempos bárbaros e revela ao espectador a eternidade de todos os personagens. Gary Shore estreia muito bem como diretor, a produção fica a cargo de Michael de Luca já conhecido por seu trabalho em “Capitão Philips” (2013) e “A Rede Social” (2010).
- O roteiro conta a história do príncipe Vlad Tepes (Luke Evans), o Empalador, até se tornar o Conde Drácula. Para salvar a sua família e dar a honra merecida ao povo de seu reino o príncipe Vlad Tepes se sacrifica ao fazer uso de um poder que o tornará mais forte e capaz. Este poder irá trazer a vitória, mas também a tragédia e uma eternidade sombria.
- Não espere que este filme seja revelador, pois a história não revela nada de original e peca em seu final decepcionante com sinceros tons de continuidade. Ou seja, tudo indica que Drácula terá o seu retorno e trabalhará com os jogos de poder nos tempos contemporâneos. Gary Shore preocupou-se em deixar belo o visual do filme e de certa maneira conseguiu materializar e muito bem com a ajuda de uma super produção de Michael de Luca. Há perfeição em muitas cenas de ação e de luta.
- Destaco os movimentos e transformações de Luke Evans. A coreografia de quando Drácula se transformava em morcego e depois em homem novamente, e também das cenas com os morcegos em sintonia com o poder do vampiro ficaram dignas de um cinema bem feito. Porém há ressalvas quanto aos conflitos que o ligavam a família, o tom entre eles era próximo e distante, não houve uma quebra entre o que Vlad representava e no que ele se tornou, pois o seu olhar permaneceu o mesmo.
- Mirena (Sarah Gadon) é a mulher de Vlad e a ela faltou a força e a coragem contidas em todas as sucessoras de um trono. Para este personagem Sarah Gadon está apagada, sinto que não houve uma atenção para o que a atriz era capaz de fazer em cena, mesmo em um longa breve como este. A ideia que se passou foi que numa certa continuação Mirena será merecidamente colocada em destaque.
- A cara que Michael de Luca deu ao filme irá chamar a atenção de muitos à bilheteria e com certeza será um sucesso, mas posso arriscar que a maioria sairá do cinema questionando que o fim poderia ter sido melhor.
