"Dia do coração"..cuide do teu!


No próximo domingo, 30/9, será lembrado o Dia do Coração (celebrado no último domingo de setembro). Os cardiologistas dos hospitais VITA aproveitam a data para alertar a população sobre os riscos das doenças relacionadas ao órgão mais vital do corpo humano, que são a principal causa de óbito no mundo. Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que, por ano, mais de 17 milhões de pessoas morrem devido a problemas cardíacos. No Brasil, esse número chega a 300 mil.

Segundo o cirurgião cardiovascular Luiz Fernando Kubrusly, diretor clínico do Hospital VITA Batel, 80% dos ataques cardíacos e infartos prematuros podem ser evitados com a prevenção. Tabagismo, obesidade, hipertensão arterial, níveis de colesterol elevados e sedentarismo são os principais fatores que colocam em risco a saúde cardíaca.

Kubrusly explica que, de acordo com um levantamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o colesterol alto afeta 40% dos brasileiros. Ou seja, cerca de 77 milhões de pessoas têm colesterol em níveis perigosos, fator que mais contribui para que a pessoa tenha doenças cardiovasculares. A principal causa dessa elevação é o aumento de pessoas obesas e sedentárias. "Por ano, essas doenças matam 320 mil brasileiros", alerta. O estudo da SBC tem base em dados coletados nos últimos 12 meses, com dez mil pessoas em todos os estados brasileiros.

O médico Marcel Rogers Ravanelli, cardiologista do Hospital VITA Curitiba, destaca também o diabetes - que é considerado uma das cinco doenças que mais matam no País, podendo ser responsável por causar infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças cardiovasculares. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que, no Brasil, existam 11 milhões de portadores de diabetes, dos quais 7,5 milhões são diagnosticados.

Outro fator de risco apontado pelos especialistas é a arritmia cardíaca. A estimativa é que até 20% da população tenha algum tipo de arritmia, incluindo aquelas que levam à morte súbita. O sintoma mais comum desse mal é a palpitação, mas podem ocorrer também: desmaios, fadiga, falta de ar, fraqueza, mal-estar, sensação de peso no peito, tontura, entre outros. Confusão mental, pressão arterial baixa, dor no peito e desmaios sinalizam que a arritmia pode ser grave, aumentando o risco de morte súbita.

Tabagismo - O fumo é responsável por desencadear doenças como AVC, infarto agudo do miocárdio e diversos tipos de cânceres (da bexiga ao pulmão). A OMS estima que um terço da população mundial adulta seja composta por fumantes, o que gera 4,9 milhões de mortes todos os anos, ou 10 mil óbitos diários. Só no Brasil morrem 120 mil pessoas ao ano em decorrência do tabagismo. Kubrusly alerta que o cigarro aumenta o depósito de gordura e de coágulos nos vasos sanguíneos, o que faz com que cresça o risco de problemas cardiovasculares.

Ravanelli afirma que existem 2 bilhões de fumantes passivos no mundo, que causam 50 mil mortes ao ano, conforme estudo da OMS. "O tabagismo passivo é o fator de risco mais comum para DPOC, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, e a fumaça inalada permanece no sangue por 48 horas", completa.

Mulheres precisam dar atenção ao coração - As mulheres devem atentar para as doenças do coração, já que estas estão listadas entre as principais causas de morte feminina. Kubrusly destaca que, para o sexo feminino, detectar ataques do coração pode ser uma tarefa difícil, pois nem sempre o grupo apresenta sintomas claros.

Prevenção é a melhor saída - Para evitar problemas que afetam o coração, como infarto, hipertensão e derrame, os especialistas recomendam a prática regular de atividades físicas. Realizadas por 180 minutos por semana divididas da forma que mais se adapte às necessidades da vida de cada um, os exercícios podem diminuir em mais de 30% o risco de infarto. Uma dieta balanceada, rica em frutas, fibras e vegetais e com pouca gordura saturada, também é essencial. "Essas dicas também valem para o controle do peso, glicose, colesterol e pressão arterial, fatores de risco para as doenças coronarianas", explica Kubrusly. Ele lembra ainda que, no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a taxa de obesidade é maior entre as mulheres (13,6%) que entre os homens (12,4%).
Última atualização em Sex, 28 de Setembro de 2012 11:15  
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