Conferimos A culpa é das estrelas

  • Sensível e realista. O filme “A Culpa é das Estrelas” emociona e é muito bonito, tinha tudo para ser café com leite, mas conseguiu ir além de um amor adolescente e uma doença terminal para mostrar uma visão real do que pode acontecer numa situação dessas onde as pessoas tem a certeza absoluta que a morte esta próxima. O filme tem estreia para o dia 05 de junho nos cinemas.
  • Longe de cair em certos clichês, porque acho que toda pessoa que se encontra vulnerável se torna meio clichê, o drama vivido por Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley) é desenvolvido a partir de um câncer que manifestou aos 13 anos de idade, quando a história começa em cena Hazel tem 17 anos e diferente da maioria das meninas da sua idade, ela não tem uma vida tão normal por conta de todo empenho em se manter viva, acompanhada de um cilindro de oxigênio 24 horas por dia a adolescente sobrevive por causa de uma droga experimental. Motivada por sua mãe (Laura Dern) e por seu pai (Sam Trammel)  a participar de um grupo de apoio Hazel conhece Augustus Waters (Ansel Ergot)  que mostrará a ela a razão pela qual é importante viver.
  • O filme é uma adaptação de um best- seller de John Green de mesmo nome e com um assunto delicado como o câncer poderia ser um desastre tanto para o cinema, quanto para a carreira dos novos queridinhos em ascensão Shailene Woodley e Ansel Ergot. Como disse antes é difícil não cair em clichês quando se trata de assuntos ligados à doença, a vulnerabilidade e em “A Culpa é das Estrelas” não foge muito disso, mas também o diretor Josh Boone  não se preocupa em reforçar a doença, o câncer, como alvo para causar emoção, pelo contrário usa como método para evidenciar da dor algo primoroso assim como o feito no filme “Intocáveis”, os personagens brincavam o tempo todo com a vulnerabilidade, a fragilidade um do outro e esta escolha é muito bem vinda para mostrar um drama de forma mais realista.
  • A trama procurou mostrar a maturidade adquirida dos jovens e a oportunidade que se deve ter em sentir, provar dar passos largos, vivendo simplesmente a vida no seu momento presente. Pareceu-me (como não li o livro) que não houve tanta obediência em mostrar variados conflitos, as cenas fluíram muito bem e até duraram mais de duas horas de filme sem que perdesse a sintonia com a história. Nestas duas horas é possível ver a importância que o roteiro dá em mostrar os protagonistas, em mostrar aquele presente, pouco se vê sobre os pais, ou outras atividades, nem o nome dos pais são citados, apenas sobrenomes.
  • Obviamente existem cenas que mereciam ser cortadas, pois não faziam sentido, ou porque o conflito já esteve posto desde o início mostrando a dor que é ter uma doença terminal, porém estas falhas não tiram o mérito do filme, que nos deu ainda a interpretação de Willen Dafoe, interpretando de maneira amarga e sagaz um famoso escritor que tornar-se arrogante pelas mazelas que a vida lhe trouxe.
  • “A Culpa é das Estrelas” é melodrama que oferece ao público teen um viés mais complexo e realista de todas as suas angústias e ansiedades de ser lembrado, notado nesta sociedade tão superficial e de filmes melosos, sem nexo como “Crepúsculo”. Arrisco dizer que para esta nova geração ciber é um ótimo filme para relembrar que de existem muitas coisas acontecendo ao nosso redor, podemos ser lembrados, notados e até vistos com mérito, porém é preciso fazer as escolhas certas. O filme deixa esta mensagem: “Se você quer o arco-íris é preciso aguentar a chuva”.
Última atualização em Qui, 29 de Maio de 2014 08:42  
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