Em nome de todo amor de Gianni Cozzella


Hoje, o texto não é meu.

Não vou criar nenhuma história, tampouco pincelar alguma emoção. Vou apenas transcrever um fragmento da vida, um pedaço de papel antigo perdido no tempo.

Relendo os diários do meu avô, descobri uma página que ele escreveu no dia em que sua mãe faleceu.

Meu avô, José Gianni, relojoeiro desde criança, trabalhou com o tempo sua vida inteira. Ele, mais do que ninguém, sabe que não se pode voltar atrás e dar jeito na saudade.

Dar um último beijo, quem sabe. Um abraço. Uma última palavra de carinho.

Mas é possível, isso sim, viajar no tempo através das lembranças. Compartilhá-las é uma forma de teimar com a mortalidade.

Algumas vozes nunca deveriam ser esquecidas.

Mas hoje, hoje o texto não é meu. E nada mais tenho a dizer.

Que a vida fale por mim.

Diego Gianni

(...)

Adeus mamãe...

Que seu coração descanse em paz. Sempre que eu puder irei levar-lhe uma flor em sua última morada física.

Os bons espíritos virão recebê-la e a conduzirão ao lugar que lhe está reservado no infinito.

Vá com Deus, descanse em paz teu corpo e para onde for teu espírito, mamãe, eu quero que você seja muito feliz ao lado daqueles que você tanto amou e que a precederam.

E em nome de todo o amor...

Em nome de todo o amor e do carinho que você dedicou a todos nós, peço-lhe sua benção e sua proteção.

Até qualquer dia, mamãe querida.

Foi preciso você partir para que eu entendesse...

José Gianni Cozzella

Na foto Gianni - criança - com Joseph Gianni Cozzella e Aida D'Andrea Cozzella no viaduto São João em São Paulo.

Última atualização em Qui, 30 de Agosto de 2012 11:40  
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