Le Corbusier – Entre dois Mundos

15 dezembro a 18 de abril 2010

Encerrando as comemorações do Ano da França no Brasil, o Museu Oscar Niemeyer apresenta cerca de 120 obras originais de Charles-Edouard Jeanneret, conhecido por Le Corbusier (1887-1965), um dos mais importantes arquitetos do século 20. Junto de Walter Gropius, Frank Lloyd Wright, Alvar Aalto, Mies Van der Rohe e, no Brasil, de Oscar Niemeyer, construiu a história mundial da arquitetura moderna.

Seus conceitos, permeados pela prática de uma arquitetura inovadora, com características funcionalista e humanista, foram divulgados em inúmeras palestras, livros, exposições e obras assinadas pelo genial arquiteto. Com curadoria do arquiteto Jacques Sbriglio, a exposição tem o patrocínio da Elejor e da Compagas, com o apoio do Ministério da Cultura, do Governo do Paraná e da Caixa Econômica Federal. O Museu Oscar Niemeyer abre a mostra Le Corbusier – Entre dois Mundos para jornalistas e convidados, nesta terça-feira (15), às 19h.

Obras

Os trabalhos em exibição foram produzidas nos últimos 20 anos de vida de Le Corbusier (1945-1965). São projetos de arquitetura, maquetes, livros e fotografias, provenientes da fundação que leva seu nome, com sede em Paris. Além de exemplares da rica produção artística do arquiteto, incluindo pinturas, desenhos, esculturas, tapeçarias, colagens e litografias. A escolha do período não foi casual. Entre 1945 e 1965, Le Corbusier produziu a sua “obra da maturidade”.

 

O curador Jacques Sbriglio afirma que há uma nítida diferença entre o Le Corbusier pré-guerra e o artista do pós-guerra. “Se os anos antes da guerra, principalmente entre as décadas de 1930 e 1940, confirmam um Le Corbusier teórico, de notoriedade internacional incontestável, os anos do pós-guerra correspondem à revelação de um grande criador. É durante o último período de sua carreira que Le Corbusier criará suas obras-primas mais relevantes: a Unidade habitacional de Marselha, a capela de Ronchamp, o convento de La Tourette, os edifícios do Capitólio em Chandigarh na Índia...”

 

As viagens e o Brasil

As viagens que Le Corbusier fez pelo mundo, de Marselha a Brasília, foram decisivas para sua obra inovadora. Com isto, trocou experiências e apreendeu idéias entre as mais importantes personalidades da história, como Klimt, Braque, Picasso e até Einstein. “Para este grande viajante, existem lugares privilegiados no planeta, entre montanhas, planaltos e planícies com grandes rios que correm rumo ao mar; o Brasil é um desses lugares acolhedores e generosos que gostamos de poder considerar como um amigo”, escreveu Le Corbusier, em 29 de dezembro de 1962, no Rio de Janeiro.

 

O curador enfatiza que o arquiteto desenvolveu uma história apaixonante com o Brasil, o que “denota sua influência na difusão de idéias modernas em matéria de urbanismo e arquitetura nesta parte do mundo”. Sbriglio lembra que durante a primeira viagem de Le Corbusier ao Brasil, em 1929 ou na de 1936, ele fez célebres conferências e se envolveu em diferentes projetos, como o do Ministério da Educação e Saúde, da Cidade Universitária no Rio de Janeiro, e mais tarde no projeto da embaixada da França em Brasília, “momentos que consolidaram e multiplicaram o encontro entre Le Corbusier e o Brasil”.

 

A partir dessa relação com o Brasil, o curador afirma que é natural que esta exposição, embora essencialmente centrada em sua obra já madura, exponha esta relação através de diferentes desenhos e projetos propostos ao público. Sbriglio argumenta ainda que, mesmo Le Corbusier tendo sido um divulgador de idéias novas, oriundas de uma visão do mundo europeu, para toda uma geração de arquitetos brasileiros, “que rapidamente se tornaram célebres, Le Corbusier também aprendeu em seu contato com o Brasil”.

 

“Em sua obra existe um antes e um depois Brasil. O antes é o período ‘purista’, o das mansões parisienses, e o ‘racionalista’, do edifício Clarté ou Molitor. O depois é o período ‘brutalista’, com o concreto armado como sua matéria prima e todo um novo vocabulário arquitetural que se implanta, a partir da utilização do brise-soleil, que se torna para Le Corbusier, após o pilotis, a planta livre, a fachada livre, a janela em fita e o terraço jardim, o “sexto ponto da arquitetura moderna”. ”

Serviço:

Le Corbusier – Entre dois Mundos

Patrocínios: Elejor e Compagas

Apoios: Ministério da Cultura, Governo do Paraná e Caixa

Visitação Pública: de 16 de dezembro a 18 de abril 2010

Museu Oscar Niemeyer

Rua Marechal Hermes, 999

Aberto de terça a domingo, das 10h às 18h

R$ 4,00 inteira e R$ 2,00 estudantes, com carteirinha

Gratuito para grupos agendados da rede pública, do ensino médio e fundamental, para estudantes até 12 anos, maiores de 60 anos e no primeiro domingo de cada mês.

 

 

 
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