- Estou apaixonada! “Elsa e Fred” é uma declaração de amor para a vida. Assistir a duas lendas do cinema americano adaptar um sucesso argentino/ espanhol com maestria é um privilégio. Michael Radford apresentou um roteiro esplêndido na tela.
- Harmonia é a palavra certa para definir este filme que tem elementos substanciais para ser um clichê, mas que consegue entoar com suavidade a relação de dois personagens idosos. A história é sobre Elsa (Shirley MacLaine), uma senhorinha muito simpática e independente, e de Fred (Christopher Plummer) um senhor de veras rabugento que acaba de se mudar para uma nova casa, mal sabe ele que seria para uma nova vida.
- Elsa é a perfeita velhinha há qual um dia seria ideal ser, pois a personagem é livre e faz e fala o que vem a cabeça sem parecer uma mulher louca. Com uma imaginação fascinante Elsa tem um humor contagiante e sincero, não tem como não se apaixonar por ela que é uma jovem menina no corpo de uma senhora debilitada que ousa sonhar, planejar, ser feliz.
- Já Fred um rabugento senhor da melhor idade descobre mais sobre o que a vida ainda pode lhe mostrar e para o espectador não apresenta nada de novo, aliás, é um personagem bem clichê, porém a experiência de Christopher Plummer empresta um brilho ao personagem fazendo-o crescer a medida que o filme se encaminha.
- Ter personagens idosos na história é algo que pode ser perigoso, pois pode cair em um clichê muito chato e facilmente a história pode cair no terreno minado do apelo, as questões de saúde, sexualidade e abandono são tratadas com propriedade e suavidade, deixando os personagens livres e cômodos em cena. Esta é uma adaptação do filme homônimo produzido pela Argentina e pela Espanha, em 2005, e com todo cuidado Radford não se limita ao retratar a idade avançada, faz do filme uma obra prima e de respeito aos idosos como seres ativos com pleno controle dos seus atos.
- A Shirley MacLaine e a Christopher Plummer deixo aqui a minha reverência a tanto talento e ao diretor Radford o meu respeito por conseguir fazer manifestar em cena algo tão sublime como o amor, as cenas desta obra me fizeram chorar copiosamente certamente porque esta é uma incrível e notável referência ao amor, a vida e ao amor próprio.
- “Elsa e Fred” estreia nos cinemas no dia 27 de novembro.
Acontece confere "Elsa e Fred"
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