By Kamy apresenta exposição Manifesto Tramas das Artes

img23

Exposição coletiva com obras híbridas de ícones da arte contemporânea, protagonizada por uma discussão desbravadora sobre produções artísticas e o seu mercado esférico (Foto: Divulgação)

 

 

"A arte pode ser qualquer coisa desde que o artista diga que sim.". Icônica frase de Marcel Duchamp, artista francês tido como o mestre da ideia de ready made como objeto de arte, transportando com audácia elementos da vida cotidiana para o universo desbravador das artes. E desse intercâmbio de ideias surgiu a exposição coletiva Manifesto Tramas das Artes, promovida com muita expertise e alma avant-garde pela By Kamy até 15/09, em São Paulo. 


Sob a curadoria da psicóloga e escritora carioca Daniella Bauer, que reuniu peças de artistas consacré como Niobe Xandó, Gilvan Samico, Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral, transportadas para tapeçarias e arazzos de artistas contemporâneos como Luisa Editore, Mónica Millán e Nicole Tomazi, que desenvolveram trabalhos exclusivos para o mesmo suporte, em um contexto híbrido totalmente novo. A exposição, que promove a transição entre o design têxtil e a arte contemporânea, mostra um novo ideal sobre a arte em uma sociedade volante e volúvel. 


Movida pela pergunta que não quer calar, o que é arte? Daniella mergulhou com maestria no universo único e particular de produções artísticas e em seu mercado esférico para trazer à tona essa resposta. "A arte é uma maneira de traduzir e manifestar o que compreendemos ou não, o que enxergamos, sentimos, tocamos, cheiramos, escutamos ou intuímos o que nos revolta, o que nos cala, o que precisa ser dito. Ela é acima de tudo um modo de quebrar paradigmas e estabelecer o novo.", expressa a curadora.


De acordo com Daniella, seria purismo crer que a arte possa simplesmente ser, pois nada é desprovido de significado. "Aquilo que é aparente está em constante transformação, portanto cabe aos artistas atribuírem significados, materializar a ideia, dar corpo ao que é etéreo. O mundo contemporâneo exige uma transfiguração constante e uma capacidade adaptativa inesgotável. Em consonância a isso, a By Kamy tenciona, unindo as duas artes, estabelecer um novo modelo que a princípio pode causar desconforto, mas indubitavelmente trará mudanças em acordo com o tempo atual.", explica Daniella.

 

Artistas

Niobe Xandó
Niobe Xandó descende de mineiros de Baependi e de fundadores das cidades paulista de Assis e Botucatu. Nasceu na antiga Vila da Boca do Sertão do Avanhandava, Capela de Nossa Senhora dos Campos Novos de Paranapanema e viveu a infância e a adolescência no interior do Estado, mudando-se para a capital em 1932. 


Em 1947 conheceu os pintores Takaoka, Newton Santana e Geraldo de Barros, quando frequentava o ateliê do artista e professor Raphael Galvez. Pensando inicialmente na escultura, foi incentivada por esse grupo a desenhar e a escrever algumas crônicas.


Entre 1948 e 1952 participou de mostras coletivas que já foram definindo e reforçando suas predileções pelo desenho e pela pintura. Sua primeira individual foi em 1953, na Livraria das Bandeiras.


Retornou à Europa em 1968, passando por Paris, Londres e Estocolmo, voltando ao Brasil em 1971. Nesse novo período europeu, criou um círculo de amizades e conhecimentos com os brasileiros que moravam nessas cidades, além de artistas e intelectuais locais, bem como daqueles que, de passagem por essas cidades, estiveram presentes em suas exposições. 


Entre 1972 e 1980 fixou-se em São Paulo, produzindo intensamente e, das suas viagens ao exterior, aquela que seria a última, levou-a a morar em Nova York por 6 meses, em duas ocasiões, em 1981 e 1983, depois retornando para São Paulo em definitivo.
No ano 2000 foi convidada para o módulo "Arte Afro-Brasileira" da "Mostra do Redescobrimento". Em 2001, com a mesma "Mostra", teve obras expostas no Convento das Mercês, em São Luís do Maranhão. Nesta atual mostra do MAM de São Paulo, pela primeira vez, comparece com obras dos períodos do Letrismo e do Mecanicismo, movimentos pouco conhecidos e discutidos. 


Teve uma grande retrospectiva na Pinacoteca do Estado de São Paulo em 2007, e uma mostra antológica, em 2008, no Museu Oscar Niemeyer de Curitiba. Com várias outras exposições coletivas após esse período teve a obra representada, no Repertório da SP-Arte, em 2017 e, na Galeria Berenice Arvani de São Paulo integrou a exposição sobre os artistas do grupo do crítico Theon Spanudis, em 2018.

Gilvan Samico
O pintor, desenhista e gravador Gilvan José de Meira Lins Samico (1928-2013) começou a sua carreira artística no início de 1950, quando era um membro da "Sociedade de Arte Moderna do Recife". Participou do "Atelier Coletivo" de Recife, movimento que buscava engrandecer a arte popular e a figura humana de Nordeste do Brasil. 

Samico estudou xilogravura com Lívio Abramo. Na Escola de Artesanato do MAM-SP em 1957 e no ano seguinte gravura com Oswaldo Goeldi na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. A partir dos anos 60, afastou-se do expressionismo de Goeldi para encontrar novos rumos. 

Por sugestão do multiartista Ariano Suassuna (1927-2014), voltou-se para os temas do Cordel, a arte dos panfletos vendidos na rua, em feiras, mercados e praças do Nordeste, que combinam três formas de arte: as narrativas poéticas, a xilogravura nas capas e a sonoridade de seus versos cantados, acompanhados por instrumentos como a viola o violino. Samico criou suas figuras e cenas fantásticas e míticas a partir das histórias de Cordel. 

Participa então da Bienal de Paris em 1961, e em 62 é premiado na 31ª Bienal de Veneza. No Rio de Janeiro também passa a ser premiado consecutivamente nos mais importantes eventos da cidade, recebendo em 1968 o prêmio do 17º Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM) que o leva a permanecer por dois anos na Europa. 

Em seu retorno ao Brasil e a Pernambuco, é convidado por Ariano Suassuna a integrar o Movimento Armorial, do qual é um dos maiores expoentes. Nos anos 80 a 90 integra o Atelier Coletivo de Olinda, movimento liderado pelo mítico marchand Giuseppe Baccaro. 
Sua arte vai paulatinamente se afastando do Armorial, até encontrar nas suas últimas décadas expressão mais autoral, com base em lendas indígenas e do romanceiro popular. Em Olinda vive e produz até seu falecimento em razão de câncer em 2013.

Di Cavalcanti
Di Cavalcanti (1897-1976) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de setembro de 1897. Com 17 anos, já fazia ilustrações para a revista Fon-Fon. Em 1917, mudou-se para São Paulo, onde iniciou o curso de Direito na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Neste mesmo ano, fez sua primeira individual para a revista "A Cigarra". 
Em 1919, ilustrou o livro "Carnaval" de Manuel Bandeira. Em 1922, idealizou junto com Mário de Andrade e Oswald de Andrade, a semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, onde elaborou a capa do catálogo e expôs 11 telas. 

Di Cavalcanti mudou-se para Paris, em 1923, como correspondente do jornal Correio da Manhã. De volta ao Brasil, em 1925, foi morar no Rio de Janeiro. Em 1932, fundou o Clube dos Artistas Modernos, junto com Flávio de Carvalho, Antônio Gomide e Carlos Prado. Em 1934, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro. Nesse mesmo ano mudou-se para a cidade do Recife. 

Simpatizante das ideias comunistas, foi perseguido pelo governo de Getúlio Vargas. Voltou para a Europa, onde permaneceu entre 1936 e 1940. O pintor adquiriu experiência expondo seus trabalhos em galerias de Bruxelas, Amsterdã, Paris, Londres, onde conheceu artistas como Picasso, Satie, Léger e Matisse. 

Em 1951, participou da Bienal de São Paulo e doou seus desenhos ao MAM- Museu de Arte Moderna. Em 1953, recebeu o prêmio de melhor pintor nacional, na II Bienal de São Paulo. Em 1954, O MAM do Rio de Janeiro fez uma retrospectiva de sua obra. 


Em 1955, publicou o livro "Memórias de Minha Vida". Em 1956, recebeu o prêmio da mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste, na Itália. Em 1958, elaborou a tapeçaria para o Palácio da Alvorada e pintou a Via Sacra da catedral de Brasília. 

Em 1971, expôs uma retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, morreu no Rio de Janeiro, no dia 26 de outubro de 1976.

Tarsila do Amaral
Tarsila do Amaral (1886-1973) foi uma pintora modernista brasileira. Nasceu na Fazenda São Bernardo, no município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de família tradicional e rica estudou em São Paulo no Colégio de Freiras e no Colégio Sion. Completa seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pintou seu primeiro quadro, "Sagrado Coração de Jesus", aos 16 anos. 

Em 1916 começa a trabalhar no ateliê de William Zadig, escultor sueco radicado em São Paulo. Com ele aprende a fazer modelagem em barro. Em 1920 vai para Paris, onde estuda na Academia Julian, escola de pintura e escultura. 

Tarsila tem uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses em 1922. Nesse mesmo ano regressa ao Brasil e se integra com os intelectuais do grupo modernista. Faz parte do "Grupo dos Cinco", juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Embora não tenha sido participante da "Semana de 22" integra-se ao Modernismo. Volta à Europa em 1923 e mantem contato com os modernistas que lá se encontravam, são intelectuais, pintores, músicos e poetas. 

Inicia sua pintura "Pau-Brasil", dotadade cores e temas acentuadamente brasileiros. Em 1925 ilustra o livro "Pau-Brasil" de Oswald de Andrade. Em 1926 expõe em Paris, obtendo grande sucesso. Em 1928 pinta o "Abaporu" para dar de presente de aniversário para o seu marido Oswald de Andrade que se empolga com a tela e cria o "Movimento Antropofágico". 

Em 1929 expõe individualmente pela primeira vez no Brasil, no Palace Hotel em São Paulo. Em 1933 pinta o quadro "Operários" e dá início à pintura social no Brasil.

No ano seguinte participa do I Salão Paulista de Belas Artes. 
Nos anos 50 volta ao tema "Pau Brasil". Em 1951 participa da I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem uma sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte tem participação especial na XXXII Bienal de Veneza. 

Tarsila realiza em 1970, no Rio de Janeiro e depois em São Paulo, uma retrospectiva, "Tarsila: 50 anos de Pintura". Recebeu o prêmio "Golfinho de Ouro", em 1971. Tarsila do Amaral faleceu em São Paulo, no dia 17 de janeiro de 1973.

Luisa Editore
Artista chilena radicada em São Paulo. Nasceu em Santiago, no Chile, em 1953. É graduada em Desenho Têxtil pela "Universidad de Chile".
 

Luisa Editore tem desenvolvido nos últimos anos uma linguagem ancorada no exercício da pintura e no crescente interesse por todas as etapas de produção dessa pintura. Cria imagens geométricas usando fita adesiva para demarcar os campos que receberão a tinta. 

O descarte posterior dessas fitas é usado em outros suportes como em colagens de cartões. Cria uma espécie de sistema, onde todo o material é aproveitado e aplicado. Compõe espaços por justaposição de linhas e grades, com deslocamentos modulados pelas espessuras das fitas adesivas. 

Apesar da sua natureza abstrata, percebemos referências à representação da arquitetura e ao automatismo dos processos da própria pintura. Expõe com frequência no Brasil e no exterior. É representada pela Galeria Oscar Cruz.

Mónica Millán
Mónica Millán nasceu em San Ignacio, Buenos Aires, Argentina em 1960. Completou seus estudos em desenho e pintura no Instituto Superior Antonio Ruiz de Montoya. Recebeu bolsas da Fundação Antorchas, do Fundo Nacional para as Artes, da Fundação Rockefeller e da Fundação Telefónica. 

Em 2000, obteve a bolsa Trama para participar de oficinas de análise e confronto de obras. A partir de 1997, coordenou curadorias e seminários de arte no nordeste da Argentina. 

Desde 2002, trabalha no Paraguai com uma vila de tecelões, assessorada pelo crítico de arte Ticio Escobar, fundador e diretor do Museu de Arte Indígena do Centro de Artes Visuais de Assunção. 

Seu trabalho de recuperação, identificação e recriação de tecidos tradicionais permitiu-lhe gerar uma ligação muito fértil entre a criação artística, o artesanato popular e a linguagem plástica. 

Entre suas últimas exposições individuais destacam-se: El rio Bord(e)ado, Spanierman Modern Gallery, New York (2007) Llueve etc. Ela também participou das seguintes exposições coletivas: Pampa, ciudad y suburbio, Espacio Imago, Fundación OSDE, Buenos Aires (2007), Pintura sin pintura (2005), Centro Cultural de España CCEBA, Buenos Aires entre outras.

Nicole Tomazi
O forte vínculo com o território, a cultura local e a ancestralidade são a base de seu trabalho e da sua pesquisa pessoal. Atua unindo o design e a produção artesanal desde 2007, por meio do desenvolvimento de peças autorais na sua marca Oferenda Objetos. 

Seus produtos foram expostos internacionalmente no Salone Satellite (2010, 2012 e 2013) e Fuori Salone 2009 e 2015. 

Vencedora do Prêmio Planeta Casa 2012, finalista do Salone Satellite Award 2012 e 2013 e vencedora do Prêmio Bradesco Private Bank MADE de Design e Arte 2018, suas criações surgem de suas inquietudes e curiosidades. 

Mestre em Design com pesquisa voltada ao território e cultura, atualmente desenvolve projetos voltados ao design territorial, peças de autoprodução para sua marca e também projetos para indústrias nacionais.

Arazzos de Niobe Xandó.

"A arte pode ser qualquer coisa desde que o artista diga que sim.". Icônica frase de Marcel Duchamp, artista francês tido como o mestre da ideia de ready made como objeto de arte, transportando com audácia elementos da vida cotidiana para o universo desbravador das artes. E desse intercâmbio de ideias surgiu a exposição coletiva Manifesto Tramas das Artes, promovida com muita expertise e alma avant-garde pela By Kamy até 15/09, em São Paulo. 
Sob a curadoria da psicóloga e escritora carioca Daniella Bauer, que reuniu peças de artistas consacré como Niobe Xandó, Gilvan Samico, Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral, transportadas para tapeçarias e arazzos de artistas contemporâneos como Luisa Editore, Mónica Millán e Nicole Tomazi, que desenvolveram trabalhos exclusivos para o mesmo suporte, em um contexto híbrido totalmente novo. A exposição, que promove a transição entre o design têxtil e a arte contemporânea, mostra um novo ideal sobre a arte em uma sociedade volante e volúvel. 
Movida pela pergunta que não quer calar, o que é arte? Daniella mergulhou com maestria no universo único e particular de produções artísticas e em seu mercado esférico para trazer à tona essa resposta. "A arte é uma maneira de traduzir e manifestar o que compreendemos ou não, o que enxergamos, sentimos, tocamos, cheiramos, escutamos ou intuímos o que nos revolta, o que nos cala, o que precisa ser dito. Ela é acima de tudo um modo de quebrar paradigmas e estabelecer o novo.", expressa a curadora.
De acordo com Daniella, seria purismo crer que a arte possa simplesmente ser, pois nada é desprovido de significado. "Aquilo que é aparente está em constante transformação, portanto cabe aos artistas atribuírem significados, materializar a ideia, dar corpo ao que é etéreo. O mundo contemporâneo exige uma transfiguração constante e uma capacidade adaptativa inesgotável. Em consonância a isso, a By Kamy tenciona, unindo as duas artes, estabelecer um novo modelo que a princípio pode causar desconforto, mas indubitavelmente trará mudanças em acordo com o tempo atual.", explica Daniella.

Artistas

Niobe Xandó
Niobe Xandó descende de mineiros de Baependi e de fundadores das cidades paulista de Assis e Botucatu. Nasceu na antiga Vila da Boca do Sertão do Avanhandava, Capela de Nossa Senhora dos Campos Novos de Paranapanema e viveu a infância e a adolescência no interior do Estado, mudando-se para a capital em 1932. 
Em 1947 conheceu os pintores Takaoka, Newton Santana e Geraldo de Barros, quando frequentava o ateliê do artista e professor Raphael Galvez. Pensando inicialmente na escultura, foi incentivada por esse grupo a desenhar e a escrever algumas crônicas.
Entre 1948 e 1952 participou de mostras coletivas que já foram definindo e reforçando suas predileções pelo desenho e pela pintura. Sua primeira individual foi em 1953, na Livraria das Bandeiras.
Retornou à Europa em 1968, passando por Paris, Londres e Estocolmo, voltando ao Brasil em 1971. Nesse novo período europeu, criou um círculo de amizades e conhecimentos com os brasileiros que moravam nessas cidades, além de artistas e intelectuais locais, bem como daqueles que, de passagem por essas cidades, estiveram presentes em suas exposições. 
Entre 1972 e 1980 fixou-se em São Paulo, produzindo intensamente e, das suas viagens ao exterior, aquela que seria a última, levou-a a morar em Nova York por 6 meses, em duas ocasiões, em 1981 e 1983, depois retornando para São Paulo em definitivo.
No ano 2000 foi convidada para o módulo "Arte Afro-Brasileira" da "Mostra do Redescobrimento". Em 2001, com a mesma "Mostra", teve obras expostas no Convento das Mercês, em São Luís do Maranhão. Nesta atual mostra do MAM de São Paulo, pela primeira vez, comparece com obras dos períodos do Letrismo e do Mecanicismo, movimentos pouco conhecidos e discutidos. 
Teve uma grande retrospectiva na Pinacoteca do Estado de São Paulo em 2007, e uma mostra antológica, em 2008, no Museu Oscar Niemeyer de Curitiba. Com várias outras exposições coletivas após esse período teve a obra representada, no Repertório da SP-Arte, em 2017 e, na Galeria Berenice Arvani de São Paulo integrou a exposição sobre os artistas do grupo do crítico Theon Spanudis, em 2018.

Gilvan Samico
O pintor, desenhista e gravador Gilvan José de Meira Lins Samico (1928-2013) começou a sua carreira artística no início de 1950, quando era um membro da "Sociedade de Arte Moderna do Recife". Participou do "Atelier Coletivo" de Recife, movimento que buscava engrandecer a arte popular e a figura humana de Nordeste do Brasil. 
Samico estudou xilogravura com Lívio Abramo. Na Escola de Artesanato do MAM-SP em 1957 e no ano seguinte gravura com Oswaldo Goeldi na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. A partir dos anos 60, afastou-se do expressionismo de Goeldi para encontrar novos rumos. 
Por sugestão do multiartista Ariano Suassuna (1927-2014), voltou-se para os temas do Cordel, a arte dos panfletos vendidos na rua, em feiras, mercados e praças do Nordeste, que combinam três formas de arte: as narrativas poéticas, a xilogravura nas capas e a sonoridade de seus versos cantados, acompanhados por instrumentos como a viola o violino. Samico criou suas figuras e cenas fantásticas e míticas a partir das histórias de Cordel. 
Participa então da Bienal de Paris em 1961, e em 62 é premiado na 31ª Bienal de Veneza. No Rio de Janeiro também passa a ser premiado consecutivamente nos mais importantes eventos da cidade, recebendo em 1968 o prêmio do 17º Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM) que o leva a permanecer por dois anos na Europa. 
Em seu retorno ao Brasil e a Pernambuco, é convidado por Ariano Suassuna a integrar o Movimento Armorial, do qual é um dos maiores expoentes. Nos anos 80 a 90 integra o Atelier Coletivo de Olinda, movimento liderado pelo mítico marchand Giuseppe Baccaro. 
Sua arte vai paulatinamente se afastando do Armorial, até encontrar nas suas últimas décadas expressão mais autoral, com base em lendas indígenas e do romanceiro popular. Em Olinda vive e produz até seu falecimento em razão de câncer em 2013.

Di Cavalcanti
Di Cavalcanti (1897-1976) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de setembro de 1897. Com 17 anos, já fazia ilustrações para a revista Fon-Fon. Em 1917, mudou-se para São Paulo, onde iniciou o curso de Direito na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Neste mesmo ano, fez sua primeira individual para a revista "A Cigarra". 
Em 1919, ilustrou o livro "Carnaval" de Manuel Bandeira. Em 1922, idealizou junto com Mário de Andrade e Oswald de Andrade, a semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, onde elaborou a capa do catálogo e expôs 11 telas. 
Di Cavalcanti mudou-se para Paris, em 1923, como correspondente do jornal Correio da Manhã. De volta ao Brasil, em 1925, foi morar no Rio de Janeiro. Em 1932, fundou o Clube dos Artistas Modernos, junto com Flávio de Carvalho, Antônio Gomide e Carlos Prado. Em 1934, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro. Nesse mesmo ano mudou-se para a cidade do Recife. 
Simpatizante das ideias comunistas, foi perseguido pelo governo de Getúlio Vargas. Voltou para a Europa, onde permaneceu entre 1936 e 1940. O pintor adquiriu experiência expondo seus trabalhos em galerias de Bruxelas, Amsterdã, Paris, Londres, onde conheceu artistas como Picasso, Satie, Léger e Matisse. 
Em 1951, participou da Bienal de São Paulo e doou seus desenhos ao MAM- Museu de Arte Moderna. Em 1953, recebeu o prêmio de melhor pintor nacional, na II Bienal de São Paulo. Em 1954, O MAM do Rio de Janeiro fez uma retrospectiva de sua obra. 
Em 1955, publicou o livro "Memórias de Minha Vida". Em 1956, recebeu o prêmio da mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste, na Itália. Em 1958, elaborou a tapeçaria para o Palácio da Alvorada e pintou a Via Sacra da catedral de Brasília. 
Em 1971, expôs uma retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, morreu no Rio de Janeiro, no dia 26 de outubro de 1976.

Tarsila do Amaral
Tarsila do Amaral (1886-1973) foi uma pintora modernista brasileira. Nasceu na Fazenda São Bernardo, no município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de família tradicional e rica estudou em São Paulo no Colégio de Freiras e no Colégio Sion. Completa seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pintou seu primeiro quadro, "Sagrado Coração de Jesus", aos 16 anos. 
Em 1916 começa a trabalhar no ateliê de William Zadig, escultor sueco radicado em São Paulo. Com ele aprende a fazer modelagem em barro. Em 1920 vai para Paris, onde estuda na Academia Julian, escola de pintura e escultura. 
Tarsila tem uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses em 1922. Nesse mesmo ano regressa ao Brasil e se integra com os intelectuais do grupo modernista. Faz parte do "Grupo dos Cinco", juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Embora não tenha sido participante da "Semana de 22" integra-se ao Modernismo. Volta à Europa em 1923 e mantem contato com os modernistas que lá se encontravam, são intelectuais, pintores, músicos e poetas. 
Inicia sua pintura "Pau-Brasil", dotada de cores e temas acentuadamente brasileiros. Em 1925 ilustra o livro "Pau-Brasil" de Oswald de Andrade. Em 1926 expõe em Paris, obtendo grande sucesso. Em 1928 pinta o "Abaporu" para dar de presente de aniversário para o seu marido Oswald de Andrade que se empolga com a tela e cria o "Movimento Antropofágico". 
Em 1929 expõe individualmente pela primeira vez no Brasil, no Palace Hotel em São Paulo. Em 1933 pinta o quadro "Operários" e dá início à pintura social no Brasil. No ano seguinte participa do I Salão Paulista de Belas Artes. 
Nos anos 50 volta ao tema "Pau Brasil". Em 1951 participa da I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem uma sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte tem participação especial na XXXII Bienal de Veneza. 
Tarsila realiza em 1970, no Rio de Janeiro e depois em São Paulo, uma retrospectiva, "Tarsila: 50 anos de Pintura". Recebeu o prêmio "Golfinho de Ouro", em 1971. Tarsila do Amaral faleceu em São Paulo, no dia 17 de janeiro de 1973.

Luisa Editore
Artista chilena radicada em São Paulo. Nasceu em Santiago, no Chile, em 1953. É graduada em Desenho Têxtil pela "Universidad de Chile". 
Luisa Editore tem desenvolvido nos últimos anos uma linguagem ancorada no exercício da pintura e no crescente interesse por todas as etapas de produção dessa pintura. Cria imagens geométricas usando fita adesiva para demarcar os campos que receberão a tinta. 
O descarte posterior dessas fitas é usado em outros suportes como em colagens de cartões. Cria uma espécie de sistema, onde todo o material é aproveitado e aplicado. Compõe espaços por justaposição de linhas e grades, com deslocamentos modulados pelas espessuras das fitas adesivas. 
Apesar da sua natureza abstrata, percebemos referências à representação da arquitetura e ao automatismo dos processos da própria pintura. Expõe com frequência no Brasil e no exterior. É representada pela Galeria Oscar Cruz.

Mónica Millán
Mónica Millán nasceu em San Ignacio, Buenos Aires, Argentina em 1960. Completou seus estudos em desenho e pintura no Instituto Superior Antonio Ruiz de Montoya. Recebeu bolsas da Fundação Antorchas, do Fundo Nacional para as Artes, da Fundação Rockefeller e da Fundação Telefónica. 
Em 2000, obteve a bolsa Trama para participar de oficinas de análise e confronto de obras. A partir de 1997, coordenou curadorias e seminários de arte no nordeste da Argentina. 
Desde 2002, trabalha no Paraguai com uma vila de tecelões, assessorada pelo crítico de arte Ticio Escobar, fundador e diretor do Museu de Arte Indígena do Centro de Artes Visuais de Assunção. 
Seu trabalho de recuperação, identificação e recriação de tecidos tradicionais permitiu-lhe gerar uma ligação muito fértil entre a criação artística, o artesanato popular e a linguagem plástica. 
Entre suas últimas exposições individuais destacam-se: El rio Bord(e)ado, Spanierman Modern Gallery, New York (2007) Llueve etc. Ela também participou das seguintes exposições coletivas: Pampa, ciudad y suburbio, Espacio Imago, Fundación OSDE, Buenos Aires (2007), Pintura sin pintura (2005), Centro Cultural de España CCEBA, Buenos Aires entre outras.

Nicole Tomazi
O forte vínculo com o território, a cultura local e a ancestralidade são a base de seu trabalho e da sua pesquisa pessoal. Atua unindo o design e a produção artesanal desde 2007, por meio do desenvolvimento de peças autorais na sua marca Oferenda Objetos. 
Seus produtos foram expostos internacionalmente no Salone Satellite (2010, 2012 e 2013) e Fuori Salone 2009 e 2015. 
Vencedora do Prêmio Planeta Casa 2012, finalista do Salone Satellite Award 2012 e 2013 e vencedora do Prêmio Bradesco Private Bank MADE de Design e Arte 2018, suas criações surgem de suas inquietudes e curiosidades. 
Mestre em Design com pesquisa voltada ao território e cultura, atualmente desenvolve projetos voltados ao design territorial, peças de autoprodução para sua marca e também projetos para indústrias nacionais.

Última atualização em Qua, 12 de Setembro de 2018 21:26
 

Homenagem a Mauricio de Sousa e Ziraldo no 30º Troféu HQMIX

image001
Evento acontece no próximo domingo, dia 16 de setembro, às 17h na Comedoria do Sesc Pompeia

 

Mauricio de Sousa e Ziraldo são os homenageados na escultura do troféu deste ano com a personagem Mônica e o Menino Maluquinho, feita pelo artista plástico Olyntho Tahara e reproduzida por Michel Costa. A cada ano, um personagem brasileiro é retratado em homenagem aos seus autores. 

Nesses 30 anos, foram 1.271 troféus HQMIX entregues aos vencedores por uma votação nacional entre os próprios autores, editores e pesquisadores na área dos quadrinhos. O HQMIX surgiu nos anos 80, juntamente com o Troféu Eisner Awards (EUA). O evento, que passou por muitas mudanças e acompanha a dinâmica do mercado, é considerado o primeiro a reconhecer os trabalhos universitários de pesquisas e a premiar publicações digitais.

A importância de haver uma premiação anual no Brasil não é apenas para valorizar o trabalho de milhares de artistas da área, mas também pela força da linguagem na cultura popular.

São cerca de 20 milhões de leitores de quadrinhos ativos, considerando que quase toda a população do País já leu algum gibi na infância ou em algum momento na vida.

Veja listagem dos autores mais premiados nesses 30 anos

Maiores premiações

Número de Troféus

LAERTE

43

MAURICIO DE SOUSA

38

ANGELI

34

FERNANDO GONSALES

22

ZIRALDO

19

MUTARELLI

17

FABIO MOON & GABRIEL BÁ

16

SIDNEY GUSMAN

13

UNIVERSO HQ

10

MARCATTI

8

30º TROFÉU HQMIX

Data: Dia 16 de setembro de 2018

Horário: 17 horas

Local: Sesc Pompeia (Comedoria)

Endereço: Rua Clélia, 93 – São Paulo - SP

Entrada franca com distribuição de convites a partir das 16h na bilheteria do SESC Pompeia

Última atualização em Seg, 10 de Setembro de 2018 16:15
 

Vigor apresenta seu Leite Fermentado de 900 gramas

image002
Atendendo aos pedidos dos consumidores, a marca lança formato maior da bebida (Foto: Divulgação)

 

Os amantes do Leite Fermentado Vigor têm agora um motivo maior para se apaixonar. Sempre atenta às necessidades do consumidor, a empresa traz ao mercado o Leite Fermentado Vigor Tamanho Família, em embalagem de 900 gramas – quantidade equivalente a 12 unidades das garrafinhas individuais já comercializadas atualmente. A novidade promete agradar também aos apaixonados pelos Minions, personagens que viraram febre mundial e continuam presentes de forma divertida na embalagem do produto.

Saboroso, nutritivo e rico em lactobacilos vivos que auxiliam no equilíbrio da flora intestinal, o lançamento chega como mais uma alternativa para os domicílios brasileiros. Para Tatiane Brandão, Gerente de Marketing da Vigor, a novidade oferece não só uma opção mais econômica para o consumidor como também uma nova possibilidade de consumo.  “Estamos sempre acompanhando de perto as tendências de mercado e o que o público está buscando. O nosso Leite Fermentado já é um sucesso e agora chega em uma versão que, além de ter um preço vantajoso, oferece uma forma de consumo totalmente diferente para reunir toda a família”, diz Tatiane.

O produto estará disponível nos principais pontos de venda de todo o Brasil no início de outubro, com preço sugerido de R$ 7,99.

Última atualização em Seg, 03 de Setembro de 2018 11:17
 

Trabalho em equipe pode aumentar em até 64% o desempenho individual

Ferramentas on-line podem facilitar o papel do gestor de incentivar a interação no ambiente de trabalho

action 2277292 1280
Trabalho em equipe aumenta desempenho individual (Foto: Divulgação)

Uma empresa é, basicamente, um grupo de pessoas que juntas conseguem somar esforços para atingir um ou mais objetivos muito difíceis de se atingir sozinhas. Um dos fatores que contribuem para o sucesso de uma instituição é a condição de seus funcionários de conseguirem cooperar e trabalhar em equipe.

Um estudo da Universidade de Stanford, de 2014, revelou que o trabalho coletivo aumenta a performance de cada funcionário. A pesquisa mostrou que atividades feitas individualmente demoram 64% a mais de tempo para serem realizadas do que a mesma tarefa quando feita em grupo.

Segundo o professor Cláudio Hernandes, coordenador da Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter, o gestor que busca incentivar o trabalho em equipe deve monitorar seu próprio comportamento. “Quando as pessoas se percebem como peças ou engrenagens sob a manipulação de um gestor de ideias mirabolantes acaba-se a motivação para resolver problemas e se inicia o processo de autossobrevivência com vistas ao quinto dia útil do mês. Ninguém gosta de se sentir como uma ferramenta”, esclarece.

O gestor que busca aprimorar a capacidade em equipe de seu time pode recorrer à tecnologia para promover a colaboração dentro do ambiente de trabalho. Hoje estão disponíveis desde conhecidos aplicativos de videoconferência, como o Skype ou Google Hangouts, até ferramentas on-line de administração coletiva de projetos, como o Trello ou o Slack. Existem, ainda, instrumentos para a condução de projetos visuais em grupo para arquitetos e designers, como o GoVisually e o Mural.

Para o professor, as equipes de alta performance são aquelas em que as pessoas se comunicam bem, desta forma, o uso de aplicativos que evitam burocracias pode incentivar o senso de coletividade em uma empresa. “A competitividade interna dá lugar à cooperação e à construção de um patrimônio colaborativo. Não há trabalho mais complexo e nobre para o gestor do que desenvolver o potencial de suas equipes. Administradores competentes se diferenciam dos demais pela qualidade das equipes que criam em seu redor”.

startup 594090 1280

Sobre o Grupo Uninter

O Grupo UNINTER é o maior centro universitário do país, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).  Sediado em Curitiba – PR, já formou mais de 500 mil alunos e, hoje, tem mais de 200 mil alunos ativos nos mais de 200 cursos ofertados entre graduação, pós-graduação, mestrado e extensão, nas modalidades presencial, semipresencial e a distância. Com mais de 700 polos de apoio presencial, estrategicamente localizados em todo o território brasileiro, mantém quatro campi no coração de Curitiba. São 2 mil funcionários trabalhando todos os dias para transformar a educação brasileira em realidade. Para saber mais acesse uninter.com.

Última atualização em Seg, 27 de Agosto de 2018 17:43
 

Teatro - Chega a Curitiba a montagem “Adeus, Palhaços Mortos”

A premiada peça é baseada na obra do romeno Matei Visniec e tem direção e adaptação assinadas por José Roberto Jardim. O resultado é um espetáculo contemporâneo e provocativo que aborda o próprio fazer artístico

 

Adeus Palhaços Mortos. Foto Victor Iemini 6
“Adeus, Palhaços Mortos” chega a Curitiba no final de agosto (Foto: Divulgação)

 

Três grandes artistas circenses do passado acidentalmente se reencontram, depois de muitos anos, na antessala de uma agência de empregos. Eles sabem que só um será escolhido. Nesse dia, suas amizades, memórias, segredos, pequenezas e vilanias serão expostos, criando, dessa maneira, uma ode ao ofício do ator e uma profunda reflexão sobre os fundamentos filosóficos da carreira artística. A sala de espera desse teste de casting – que nunca acontece – revela-se um não-lugar, um limbo onde essas três figuras se veem condenadas a rever suas escolhas éticas e estéticas, num exercício infinito de reflexão sobre a resiliência do artista, a urgência da Arte e a sacralidade do ofício. Essa é a temática de “Adeus, Palhaços Mortos”, baseada no texto do romeno Matei Visniec.

 

A peça marca a consolidação da parceria artística entre a companhia “Academia de Palhaços” e o diretor José Roberto Jardim, que já trabalharam juntos em diversas ocasiões e configurações, mas que pela primeira vez se encaram como elenco e diretor. O espetáculo recebeu o prêmio Shell de Melhor Cenário, o Prêmio Aplauso Brasil de Melhor Espetáculo de Grupo e o prêmio de Melhor Direção pela Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro (Prêmio APTR). A montagem representou o Brasil no Festival “World Stage Design 2017” em Taipei (Taiwan) e nos Festivais Internacionais de Trabzon e Antália, ambas na Turquia.

 

A Academia de Palhaços se encontra com a obra de Matei Visniec

A Academia de Palhaços foi fundada por atores oriundos do curso de Artes Cênicas da Unicamp. Em 2018 comemora 11 anos de sua trajetória de pesquisa e produção teatral continuadas. A companhia deu início a uma investigação cênica sobre o palhaço de picadeiro brasileiro e, nos 10 espetáculos produzidos até o momento, transitou pelo universo do ator popular. Cinco desses espetáculos foram realizados sobre uma Kombi-Palco num projeto de teatro itinerante.

 

Em 2015, essa Kombi pegou fogo e teve queimados os cenários, figurinos, palco e equipamentos de som e iluminação. Diante dessa catástrofe, que reduziu anos de trabalho literalmente a cinzas, a companhia viu seu próprio fim. Dois de seus integrantes desistiram do teatro. Dispostas a seguir com o trabalho, restaram as artistas Laíza Dantas e Paula Hemsi que tiveram de lidar com o inevitável fim, assim como enfrentaram o recomeço e a mudança de ciclo. Diante da necessidade de se reinventar,convidaram o diretor José Roberto Jardim justamente no intuito de reler sua trajetória artística a partir de outras lentes. Afinal, Jardim trabalha numa perspectiva estética bastante distante da pesquisa da companhia, tendo seu olhar voltado ao teatro contemporâneo, suas performatividades (quando o ato da fala implica na realização simultânea pelo locutor), porosidades, fundamentos e raízes.

 

José Roberto Jardim respondeu ao chamado da companhia trazendo o texto “Um Trabalhinho Para Velhos Palhaços” de Matei Visniec, que trata justamente de três artistas circenses diante do fim de suas existências, de suas carreiras e da Arte. Uma metáfora perfeita para catalisar artisticamente o momento de fim/recomeço da Academia de Palhaços e seus atores.

 

Essa empreitada entre a companhia e o diretor, apoiada pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, reúne também uma premiada equipe de criadores: Tiago de Mello, o diretor musical, é um dos expoentes mais profícuos da música experimental eletroacústica do Brasil; o cenário e as vídeoprojeções ficaram a cargo do Coletivo BijaRi, um grupo de arquitetos, artistas plásticos e videomakersespecializados em instalações e mapping. Já o figurino foi criado e desenhado pelo estilista Lino Villaventura; e o visagismo é assinado por Leopoldo Pacheco. Essa equipe e suas contribuições alçaram o projeto a novos patamares. Em cena estão os atores Laíza Dantas, Paula Hemsi e Maurício Schneider.

 

O texto original de Matei Visniec conta a história de três palhaços velhos num tom de comédia do absurdo, ao melhor estilo de seu conterrâneo Eugène Ionesco. Já a adaptação assinada pelo diretor José Roberto Jardim essencializa o texto, universalizando muitas de suas questões, deixando suas contradições mais aparentes e o transformando num ácido mergulho existencial sobre o fazer artístico. A encenação potencializa ainda mais a adaptação ao reduzir elementos, apostando no minimalismo e na essencialidade, traços marcantes da assinatura de Jardim como diretor.

 

“Cada cena é um recorte num espaço-tempo descontínuo e fragmentado. São fotogramas vagando nas memórias individuais e coletivas daquela trupe circense. São vozes do passado ecoando em busca de algum sentido” diz o diretor José Roberto Jardim. O espectador, ao ser impactado pela violência dos deslocamentos espaço-temporais, é convidado a um passeio pelas questões que movem esses velhos artistas desde seu passado de glória até seu inevitável futuro. “Propusemos uma experiência sensorial que transita entre o abismo da morte e a devoção de uma vida voltada à Arte e que, portanto, mira a imortalidade”, conclui Paula Hemsi, uma das atrizes da Academia de Palhaços.

 

 

Serviço

Teatro: “Adeus, Palhaços Mortos”

Local: CAIXA Cultural Curitiba – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Curitiba (PR).

Data: de 31 de agosto a 02 de setembro de 2018 (sexta a domingo).

Horário: sexta e sábado, às 20h e domingo, às 19h.

Ingressos: vendas a partir de 25 de agosto (sábado). R$ 30 e R$ 15 (meia – conforme legislação e correntistas que pagarem com cartão de débito CAIXA). A compra pode ser feita com o cartão vale-cultura.

Bilheteria: (41) 2118-5111 (De terça a sábado, das 12h às 20h. Domingo, das 16h às 19h.)

Classificação etária: 12 anos

Lotação máxima: 125 lugares (2 para cadeirantes)

Última atualização em Seg, 20 de Agosto de 2018 15:29
 

Trio ELF e Marco Lobo se apresentam no Rause Batel - Espaço Thá

Curitibana Iria Braga fará participação especial

IMG 20180809 WA0000

 

Dia 19 de agosto, domingo, a partir das 19h, o Rause Batel recebe pela primeira vez em Curitiba, o cantor Marcos Lobo e o Trio Elf. A reunião promete clássicos da MPB como: Fé Cega Faca Amolada, Amor de Indio, Canto das Três Raças e Clube da Esquina em versões que misturam a percussão brasileira ao jazz e sons como Drum´n Bass, Dubstep e Hip Hop.

A apresentação ainda conta com a participação especial da cantora curitibana Iria Braga.  O couvert artístico custa R$ 20, sendo pago na hora. É possível fazer reservas pelo telefone (41) 99941-0363.

O Rause Batel está localizado no Espaço Thá, que fica na Avenida Nossa Senhora Aparecida, número 48, e segue o mesmo conceito da primeira unidade da casa, inaugurada em 2011 na Alameda Doutor Carlos de Carvalho.

SERVIÇO

Quando: 19/08/2018, às 19:00h

Onde: Rause Batel dentro do Espaço Thá - Avenida Nossa Senhora Aparecida, 48

Valor: R$ 20,00 couvert artístico

Pontos de Venda: Ginger Bar

Rause Café + Vinho (Carlos de Carvalho)

Rause Batel

Última atualização em Sex, 17 de Agosto de 2018 21:02
 


Página 6 de 35
Copyright © 2011 Acontece Curitiba. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por LinkWell.